Folha de S.Paulo

Está moroso mesmo, temos

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15 mil processos aqui para avaliar. A própria lei é nova, há muitas dúvidas. Ela é genérica e, às vezes, o entendimen­to é variável. Nossas leis são como um pavê, há muita sobreposiç­ão, milhões de comissões. O processo vai para a CET, se for polo gerador de trânsito. Se corta árvore, para o Meio Ambiente. E por aí vai. Às vezes, o incorporad­or não entrega a documentaç­ão completa. Mas há um esforço para limpar o excesso de regulament­os e requisitos.

Se você quiser

A legislação é excessiva demais?

É muito detalhista. As leis deveriam falar dos usos, do impacto urbano em cada região. Não quantos degraus ou quantas vagas de garagem um prédio precisa. O poder público não deveria entrar no produto. Tem gente que acha que ‘bastante lei, traz resultado melhor’, mas nem sempre é o caso. Os processos demoram tanto que, quando sai a aprovação, o incorporad­or já perdeu o investimen­to, a conjuntura

A gestão passada defendia a majoração da outorga para se aumentar a arrecadaçã­o. Mas teve um efeito contrário.

Em 2011, a arrecadaçã­o com a outorga foi de R$ 339 milhões [R$ 485 milhões em 2017]. Neste ano, na melhor das hipóteses, vai chegar a R$ 150 milhões.

que vai empurrando quem não pode pagar por isso para mais longe. Temos que discutir um modelo mais justo

Não é culpa da crise?

Tem o impacto do cenário macroeconô­mico, mas também o mercado não está conseguind­o viabilizar novos empreendim­entos. Antes do

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