Folha de S.Paulo

BH, para confirmar a aliança.

- CAROLINA LINHARES

DE BELO HORIZONTE

Em carta ao presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), deputados estaduais e federais de Minas Gerais pediram a garantia de poder se coligar com o PT na eleição de 2018.

“Pedimos que haja, da parte da Executiva Nacional presidida por Vossa Excelência, manifestaç­ão expressa sobre a garantia de que o PMDB de Minas poderá fazer as coligações que julgar mais acertadas para o pleito de 2018”, diz o texto, de 27 de outubro.

“E, no momento, aquela [coligação] que parece mais promissora é a que volta a colocar na mesa o nome do PT.”

Na carta, os deputados dizem que a aliança com os petistas em 2014 foi acertada, pois foi a que garantiu mais cadeiras ao PMDB, que hoje ocupa também quatro secretaria­s de Estado.

A reaproxima­ção entre PT e PMDB, separados no plano nacional desde o impeachmen­t de Dilma Rousseff (PT), se ensaia também no Ceará, em Alagoas e outros Estados.

Em passagem por Minas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi recebido por prefeitos e deputados peemedebis­tas e chegou a afirmar no palanque que estava “perdoando os golpistas”.

A carta ao senador foi assinada por cinco dos seis deputados da bancada federal e pela maior parte da executiva estadual do PMDB-MG. O vice-presidente da Câmara, deputado federal Fábio Ramalho, e o presidente da Assembleia, deputado estadual Adalclever Lopes, endossam o documento.

Eles defendem a manutenção da aliança com o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), que será candidato à reeleição. Nesta sexta (10), está marcada uma reunião entre Pimentel e deputados federais do PMDB, em CANDIDATUR­A PRÓPRIA O presidente estadual, vice-governador Antônio Andrade, porém, está rompido com Pimentel e prega uma candidatur­a própria do PMDB em Minas. Cotado para ser candidato a governador, o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) é outro a querer o fim da coligação com os petistas e não assinou a carta.

Pacheco afirmou à Folha que a divergênci­a interna do partido é natural e disse acreditar que Jucá irá preferir a candidatur­a própria.

“O PMDB tem que ter a coragem de ter candidatur­a própria, além de ser a vontade da base, de prefeitos e vereadores”, afirmou.

Pacheco não respondeu se continua no PMDB caso a decisão final seja pela coligação com o PT.

No documento, os deputados mencionam a possibilid­ade de que o partido proíba coligações com o PT em 2018 e dizem que já há sinais de migração para outras siglas

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