Instituto Parar sobre o futuro da mobilidade.
DE SÃO PAULO
Os carros autônomos serão a próxima tecnologia disruptiva a que assistiremos nos próximos dez anos e devem impactar nossas vidas tanto quanto os smartphones fizeram. Mas, diferentemente do imaginado pela ficção científica, eles não vão voar.
Essas são as previsões de Steve Choi, engenheiro responsável pelos projetos de carros autônomos na Uber. Anteriormente, ele atuou em iniciativas como o sistema de entregas desenvolvido pela Google X, subsidiária de projetos disruptivos da Alphabet (holding que controla a gigante de buscas na internet).
Ele esteve em São Paulo nesta semana para o Welcome Tomorrow, conferência do Folha - Qual é o futuro do transporte de fato, quais projetos e protótipos o senhor acha que têm mais chances de se tornar realidade nos próximos dez anos?
Steve Choi - Se você me pedisse para escolher entre os projetos mais populares como carros voadores, Hyperloop [espécie de metrô de altíssima velocidade, desenvolvido por Elon Musk, criador da Tesla, de veículos elétricos] e carros autônomos, eu acho que este último será o que veremos surgir como tecnologia primeiro.
Isso porque ele utiliza uma estrutura que já existe. Em breve você poderá escolher se vai de moto, de metrô ou em um carro autônomo, algo facilmente assimilável. As novas tecnologias em transporte enfrentam alguns problemas com regulamentação, como os drones, que já têm uma série de restrições devido às leis de tráfego aé- reo. O senhor acha que isso pode atrasar a implementação de fato dos carros autônomos nas cidades?