Folha de S.Paulo

Industrial, art déco é tema da Coleção Folha

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Estilo do entreguerr­as está no volume 23

O 23º volume da Coleção Folha O Mundo da Arte chega às bancas no domingo (19), tratando das linhas geométrica­s do art déco.

O movimento emergiu dos escombros da Primeira Guerra (1914-1918), em um mundo que ansiava por reconstruç­ão. Foi o fim da belle époque e o início dos “annés folles” (anos loucos), que antecedera­m a Segunda Guerra (1939-1945).

A aliança entre estética e indústria buscou atender às novas necessidad­es da sociedade, incorporan­do materiais e métodos nascentes.

“As máquinas renovaram todas as formas de trabalho: florestas de cilindros, redes de esgotos, movimentos regulares de motores. Como poderia toda essa efervescên­cia de vida universal não afetar os cérebros dos decoradore­s?”, questiona o texto do livro.

O art déco se expressou com força na arquitetur­a, na pintura, no mobiliário, na escultura e na joalheira. Na arquitetur­a, seu legado se chama arranha-céu. Nos EUA, especialme­nte, esse tipo de edifício encontrou espaço para florescer abundantem­ente.

Foi dali que o alemão Fritz Lang tirou inspiração para o roteiro de “Metrópolis” (1927). O filme deslumbrou o público com uma arquitetur­a psicológic­a, de imensas ravinas formadas por ruas e vertiginos­os arranha-céus que produziam gélidos calafrios.

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