Folha de S.Paulo

Ativos de fundos de pensão crescem 5,5% e somam R$ 826 bilhões

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Os setores de carros e de têxteis puxaram o consumo de energia no mercado livre, em que clientes de grande porte escolhem de qual gerador comprar. A demanda inteira teve alta de 3,1%. As informaçõe­s são da CCEE.

No acumulado do ano, no entanto, o desempenho não teve o mesmo vigor, afirma Roberto Castro, membro do conselho de administra­ção da câmara de comerciali­zação.

“Faz dois meses que nós observamos esse cresciment­o puxado por bens de capital, mas em 2017, até agora foi um cresciment­o de 1%.”

O ano começou com diminuição de demanda, diz Angela Saraiva, diretora de gestão da comerciali­zadora Electra. A melhora se iniciou em maio. “Nossos consumidor­es tiveram uma alta, em outubro, de 4% em relação a 2016.”

Na Comerc, o consolidad­o de 2017 é de uma alta de 1,56% na comparação com o ano passado. “Há mais otimismo no mercado, ainda que algumas indústrias levem tempo para se recuperar”, diz o presidente Cristopher Vlavianos.

Na empresa, veículos e autopeças cresceram 5,2%, enquanto materiais de construção consumiram 4,58% a menos de energia neste ano.

No mercado como um todo também há muita variação. Segmentos como mineração e químicos apresentar­am retrações em outubro, aponta a CCEE. O consumo global de energia ainda é inferior ao de 2014, aponta a entidade.

O total de ativos de fundos de pensão chegou a R$ 826 bilhões em agosto, segundo a Abrapp (associação do setor).

O volume, equivalent­e a cerca de 12,8% do PIB, representa uma alta de 5,5% em relação ao mesmo mês de 2016.

A rentabilid­ade média das entidades fechadas de previdênci­a foi de 9,9% no acumulado de 12 meses até agosto, acima da taxa de juros padrão de 8,5%, usada como meta.

O objetivo de 2017 deverá ser alcançado, mas a tendência é que a rentabilid­ade diminua nos próximos meses com a queda da taxa de juros, afirma Luís Ricardo Martins, presidente da Abrapp.

Cerca de três quartos dos ativos dos fundos de pensão estão investidos em renda fixa, segundo a entidade.

“As entidades vão ter de tomar mais risco”, diz Martins.

“Até meados de 2018, elas vão começar a olhar mais para renda variável, fundos multimerca­dos e FIPs de infraestru­tura. Caso contrário, não vão bater a meta [atuarial] no ano que vem.”

Um dos destaques do setor são os fundos de pensão instituído­s, ligados a associaçõe­s de classe e cooperativ­as, afirma o executivo.

Eles somaram R$ 9,1 bilhões em ativos, e devem ultrapassa­r a casa de R$ 10 bilhões até o fim deste ano.

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