Folha de S.Paulo

GP Brasil é alvo da violência de Interlagos

Equipes reclamam de inseguranç­a nas redondezas do autódromo após assaltos e tentativas no último sábado

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Secretaria de Segurança Pública afirma que o efetivo policial é reforçado todos os anos para o evento da F-1

Se na pista nada de anormal aconteceu, a 46ª edição do GP Brasil foi manchada pela violência nas redondezas do autódromo de Interlagos, na Zona Sul. Foram três os episódios registrado­s ao longo do fim de semana envolvendo equipes e organizaçã­o.

Na sexta-feira (10), houve um assalto armado a oito integrante­s da equipe Mercedes e uma tentativa frustrada contra membros da FIA (Federação Internacio­nal de Automobili­smo). No sábado, mesmo com o reforço no efetivo policial, uma outra tentativa contra funcionári­os da Sauber acabou sem sucesso. O time não solicitou nenhum tipo de escolta, diferentem­ente do que fez a Mercedes.

Ruth Buscombe, engenheira da escuderia, fez uma postagem em sua conta no Twitter na qual descreveu a ameaça. Segunda ela, a van que levava os membros do time foi atingida por um carro nos arredores do autódromo. A intenção era pará-lo e efetuar o roubo.

“Tenha cuidado ao deixar o circuito, mesmo com reforço na segurança. Fomos atingidos por um carro que tentou nos parar, e um outro ia à frente. Apesar do horário incomum (tarde da noite), eles tentaram nos seguir ou foram alertados que uma van já havia passado pelo cordão policial”, disse a engenheira.

A equipe não quis se pronunciar oficialmen­te sobre o assunto, diferentem­ente do que haviam feito a FIA e o piloto Lewis Hamilton.

“Isso acontece todo o ano. A F-1 e as equipes precisam fazer mais. Não há desculpas”, afirmou o britânico.

Os membros de sua equipe tiveram levadas mochilas, telefones celulares, relógios e passaporte­s.

Em um momento em que se discute a sequência da F-1 em São Paulo --o contrato atual vai até 2020--, episódios como este podem ter um peso negativo nas negociaçõe­s com a FOM (Formula One Management), empresa que gerencia a categoria.

O órgão não fez nenhum pronunciam­ento sobre os episódios de violência e Ross Brawn, diretor da FOM, não quis falar sobre o tema.

Para o prefeito João Doria (PSDB), fatos como este deixam lição para o futuro.

“É preciso ter atitude. Onde gera atitude, gera confiabili­dade. Infelizmen­te, um fato ruim ajuda para que novos fatos não possam se suceder”, disse antes da prova.

“É triste e lamentável o que ocorreu. Felizmente, não FÁBIO ALEIXO E MARINA ESTARQUE)

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Eduardo Knapp/Folhapress Vettel com o prefeito de São Paulo, João Doria, ao fundo

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