Grupos celebram 450 anos de Monteverdi
Capella Mediterranea e Coro de Câmara de Namur executam ‘L’Orfeo’, do compositor italiano, nesta segunda (13)
Execução de ‘O Dilúvio Universal’, de Falvetti, na terça-feira (14) fecha temporada de concertos da Cultura Artística DE SÃO PAULO
A Sociedade de Cultura Artística encerra sua temporada anual de concertos com obras de compositores italianos da primeira fase barroca, em duas apresentações da Capella Mediterranea e do Coro de Câmara de Namur.
Na segunda (13), o grupo de câmara suíço e o coro belga celebram os 450 anos do nascimento do compositor italiano Claudio Monteverdi (1567-1643) com programa dedicado a “L’Orfeo”, considerada obra pioneira na história operística.
Monteverdi foi um padre católico e um dos músicos que definiram a transição entre o estilo renascentista para o barroco. Sua ópera reconta o mito grego de Orfeu e a malsucedida jornada do personagem para salvar sua mulher do reino dos mortos.
Já na terça (14), os músicos executam “O Dilúvio Universal”, oratório (obra religiosa, mas não litúrgica) do compositor italiano Michelangelo Falvetti (1642-1692), que viveu no período seguinte ao de Monteverdi.
Baseada em texto do Velho Testamento e tida como uma obra que se vincula à contrarreforma, a composição é cen- trada na punição da desobediência e permaneceu no obscurantismo por séculos até ser gravada em 2010 pela própria Capella Mediterranea e Coro de Câmara de Namur.
Os grupos são regidos pelo maestro argentino Leonardo García Alarcón, que fundou a Capella em 2005 sob a proposta de interpretação de repertórios barrocos europeus e latinos e que conduz o coro desde 2010.
Uma hora antes de cada concerto, Alarcón comenta o repertório e o legado de Monteverdi em uma ação educativa aberta ao público. TEMPORADA 2018