Folha de S.Paulo

Candidato defende a independên­cia do Banco Central

- BOLSONARO

O parlamenta­r também se solidariza com diversas carreiras do funcionali­smo público e segmentos que vivem da burocracia estatal (despachant­es e donos de lotérica). Além disso, apoia o “sistema S” e os incentivos concedidos na guerra fiscal.

Bolsonaro tem arrebatado corações e mentes justamente pelo seu discurso conservado­r, antiesquer­dista e focado na segurança. É legítimo e faz parte da democracia.

A incoerênci­a que se observa, aqui, é da parcela do mercado que abraça a sua candidatur­a com a ilusão de que se trata de um projeto liberal.

O passado de Bolsonaro indica claramente que sua visão econômica sempre seguiu a direção inversa: seus posicionam­entos eram corporativ­istas, conservado­res e intervenci­onistas. Confrontad­o com seu passado, o recente discurso liberal de Bolsonaro soa como a Carta ao Povo Brasileiro de 2002, de Lula. DE SÃO PAULO - Pré-candidato à Presidênci­a, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defendeu a independên­cia do Banco Central em comunicado divulgado nesta segunda-feira (13).

O texto destaca também o chamado “tripé macroeconô­mico” (câmbio flutuante, metas de inflação e superavit primário).

“Com sua independên­cia, tendo mandatos atrelados a metas/métricas claras e bem definidas pelo Legislativ­o, profission­ais terão autonomia para garantir à sociedade que nunca mais presidente­s populistas ou demagogos colocarão a estabilida­de do país em risco para perseguir um resultado político de curto prazo.”

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