Folha de S.Paulo

Farmacêuti­cas aumentam aporte em remédios com marca

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A busca por margens mais elevadas tem levado as farmacêuti­cas especializ­adas em genéricos a apostar no segmento de prescrição.

A paranaense Prati-Donaduzzi, que tem 95% de seu faturament­o originado na venda de medicament­os sem marca, deverá entrar nesse mercado no ano que vem, diz o presidente, Eder Maffissoni.

“Vamos perder um pouco da dependênci­a dos genéricos. Além de um lançamento na área de neurologia, temos mais patentes em fase de registro [na Anvisa].”

O laboratóri­o planeja investir cerca de R$ 100 milhões em 2018 —pouco mais da metade disso deverá ir para o desenvolvi­mento de novos pro- dutos, afirma Maffissoni.

A diversific­ação é uma tendência na indústria, segundo Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindusfarm­a (entidade do setor).

“É um caminho natural. O genérico é um excelente negócio, mas é preciso ter suas próprias marcas, sobretudo para ganhar rentabilid­ade.”

A EMS tem aumentado os aportes em moléculas mais complexas, que trazem receita mais elevada, diz Ricardo Marques, diretor da empresa.

“A médio e longo prazo, em até cinco anos, os itens que exigem investimen­to mais alto terão um destaque maior.”

R$ 10,7 BILHÕES

foi o faturament­o da EMS em 2016, que investe 6% do montante em pesquisa

R$ 954 MILHÕES

é a receita líquida prevista para este ano da Prati-Donaduzzi

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