Primeira pílula digital aprovada nos EUA preocupa médicos
em tomar a medicação digital assinam formulários de consentimento, permitindo que seus médicos recebam as informações captadas.
Embora voluntária, a tecnologia pode levantar questões sobre privacidade.
Peter Kramer, psiquiatra autor do livro “Listening to Prozac” (Escutando o Prozac, em tradução livre) levanta a questão da abordagem “dedo-duro” do medicamento. “A ‘droga digital’ soa como uma ferramenta potencialmente coercitiva”, diz.
O Abilify é prescrito para pessoas com esquizofrenia, transtorno bipolar e transtornos depressivos maiores.
Muitos pacientes com essas condições não tomam a medicação regularmente, às vezes com graves consequências. Mas os sintomas da esquizofrenia e distúrbios relacionados podem incluir paranoia e delírios. Por isso alguns médicos e pacientes se perguntam o quanto o Abilify digital será aceito.
“Muitos pacientes não tomam medicamentos porque não gostam de efeitos colaterais, não acham que têm uma doença, ou porque se tornam paranoicos quanto ao médico e suas intenções”, disse Paul Appelbaum, da Universidade de Columbia.
Para Jeffrey Lieberman, do Hospital Presbiteriano de Nova York, “há uma ironia no produto ser destinado a pacienPrites com problemas mentais que têm delírios. É como um Big Brother biomédico.”