A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recor-
foro privilegiado seria investigado pela PGR (Procuradoria-Geral da República)
El Hage diz que as informações de Pereira podem “abrir uma frente enorme na área de comunicação social” do governo Cabral. “Era uma secretaria que nós não tínhamos nos aprofundado por falta de provas”, afirmou.
O coordenador da Lava Jato fluminense diz esperar que o STF considere o entendimento firmado pelo plenário, “não o posicionamento isolado de um ministro”.
Ao analisar os benefícios a executivos da JBS, o plenário do Supremo decidiu que os acordos negociados com delatores pela PGR devem ser mantidos até o fim de eventual processo decorrente da colaboração.
Lewandowski devolveu a delação do marqueteiro, questionando justamente os critérios para estabelecer o limite de pena. Na mesma decisão, o ministro retirou o sigilo do caso. RECURSO reu da decisão na quarta (15). Ela pede que Lewandowski reconsidere, argumentando que o “condenável” vazamento à imprensa, “fruto de interesses espúrios”, pôs em risco a segurança do delator e de sua família.
Para Dodge, a Justiça tem o dever de “minimizar dados e riscos decorrentes do crime de vazamento e não elevar seus efeitos” ao tornar o material integralmente público.
“Com efeito, em que pese o vazamento, nem tudo foi divulgado”, prossegue Dodge. “Ante tal premissa, não há motivo, portanto, para a divulgação oficial de tudo que consta nos autos.”
APGRdizqueofimdosigilo compromete “o bom êxito das investigações” e viola a Lei 12.850, “que estabelece o acordo [de delação] como meio de coibir o crime organizado e os graves crimes que pratica”.
Dodge destaca que a decisão de Lewandowski deixa clara, “com toda razão, indignação e repulsa ao criminoso vazamento”, e afirma que o Ministério Público Federal vai investigar o vazamento.