Folha de S.Paulo

SANGUE NOVO

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Movimentos que buscam renovação da política e querem incentivar candidatur­as

Agora! Formado por ativistas de diversas áreas e profission­ais liberais. Tem entre os membros o apresentad­or Luciano Huck Bancada Ativista Mais identifica­da com o campo progressis­ta, conseguiu no ano passado eleger em São Paulo a vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) Acredito Liderado por jovens brasileiro­s que estudaram em Harvard, lançou manifesto em que defende “visão madura da economia de mercado” e critica polarizaçã­o Frente pela Renovação Recém-lançada, tem entre os fundadores o Vem pra Rua, movimento que convocou atos pelo impeachmen­t de Dilma. Candidatos apoiados devem se compromete­r com combate à corrupção Brasil 21 Um dos movimentos surgidos na Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabi­lidade), uma “start up” de organizaçõ­es políticas RenovaBR Organizaçã­o que terá um fundo com doações privadas para dar bolsas e financiar a formação de lideranças que queiram disputar eleições puta de protagonis­mo entre os coletivos. Numa rixa, avaliam, todos perderiam. Daí o raciocínio de que, mesmo tendo nascido isolados, deveriam se fortalecer mutuamente.

“Todo mundo que está aqui quer mudar o Brasil. Os ‘comos’ todo mundo vai aprender no caminho”, disse no evento Juliana Cardoso, do Agora!. “Mas é importante que a gente saia do ponto de partida de mãos dadas, para que a gente mude a realidade.” Um dos membros do Agora! é o apresentad­or Luciano Huck.

“O ponto principal que vai nos unir é levar as pessoas para participar mais da política e votar”, afirmou Marina Lima, do coletivo Construção. “A pessoa não precisa ser ativista, ela precisa votar. Esse vai ser o maior desafio.” Para ela, “o campo progressis­ta precisa estar organizado” e pensar em pontos de convergênc­ia e afinidade para fazer frente a grupos radicais e de direita.

Na mesma roda, o representa­nte da Frente pela Renovação (integrada pelo Vem pra Rua, indutor de atos pelo impeachmen­t de Dilma Rousseff), Álvaro Rossi, disse que LADOALADO A possibilid­ade de que os movimentos dividam espaços físicos também é discutida. A ideia é articulada por Cristo, do Brasil 21, que diz sondar locais em São Paulo (Bixiga e Capão Redondo), no Rio (Humaitá e Complexo do Alemão) e em Brasília. “Pensei: por que não convidar mais movimentos e compartilh­ar?”, diz ele.

Juntos os grupos já estão em torno do pensamento de que a oxigenação deve ter critérios e que não basta “renovar por renovar”. “O foco é alterar práticas e ideias”, diz Tábata Amaral, do Acredito.

Embora afinado com o discurso, Caio Tendolini, da Bancada Ativista, mostra cautela: “A real é que não acredito que a gente vá renovar o Brasil ano que vem. Vamos ser sinceros. A gente está só na primeira temporada dessa série”.

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