‘Mundo enfim percebeu’ e já questiona saudita
Infâmia
O “Le Figaro” até festejou “o despertar diplomático da França”: O presidente francês viajou à Arábia Saudita e tanto fez que conseguiu a liberação do primeiro-ministro do Líbano, mantido no país.
O caso se somou à guerra no Iêmen e outros desmandos sauditas para levar o “New York Times” a atacar o país, em editorial: “Usar a fome como arma no Iêmen é crime de guerra, e a Arábia Sau- dita precisa entender que o mundo enfim percebeu”.
O jornal revelou ainda que, em sua suposta campanha contra a corrupção, o “príncipe herdeiro” saudita contratou um ex-ministro egípcio celebrizado por “tortura” —e 17 dos presos “precisaram de tratamento médico”.
IPO Já o londrino “Financial Times” ainda trata os presos sauditas como “suspeitos de corrupção” na manchete e destaca, do presidente da petroleira Aramco: “O expurgo por corrupção devia animar os investidores”. Londres vem tentando seduzir a estatal saudita a abrir capital em sua Bolsa.
“Marcelo Odebrecht vai ocupar lugar único de infâmia na democracia da América Latina”, diz a “Economist”, abrindo coluna sobre a maratona eleitoral na região. Porém, embora tenha corrompido “do México à Argentina” e espalhado “cinismo”, não deve ser o único fator a pesar. “A democracia latino-americana pode ter sido ferida, mas está longe de morrer”, afirma.
Dilma lá A passagem da ex-presidente pela Alemanha rendeu entrevistas a dois dos principais jornais. No “Die Zeit”, o título foi “O golpe de Estado ainda não terminou”. No “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, “É o terceiro ato do golpe”, sobre a eventual proibição da candidatura de Lula.
Racha O “Intercept”, fundado por Glenn Greenwald e financiado pelo bilionário Pierre Omidyar, se dividiu em relação ao WikiLeaks. Greenwald tuitou uma quase defe- sa dos contatos de Julian Assange com o filho de Donald Trump, dizendo não ser grande coisa —e que o WikiLeaks cumpre “funções jornalísticas, geralmente muito bem”, mas seu objetivo é mesmo político. Depois, o “Intercept” publicou texto questionando seus argumentos e atacando Assange.
Bilionários O bilionário Joe Ricketts fechou os sites nova-iorquinos “Gothamist” e “DNAinfo”. Para revolta da “New Yorker”, foi em resposta à decisão de suas duas redações pela sindicalização. “Nós não podemos confiar em bilionários para o futuro”, comentou o concorrente “Bklyner”.