JOIAS NOS PÉS
Não é exagero dizer que as sandálias e os sapatos feitos à mão, com cristais e outras pedrarias da grife René Caovilla se parecem com joias.
São artigos a um preço médio na Itália de € 1 mil (cerca de R$ 3.843) —que estarão na loja que abrirá na quarta-feira (22), no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Por que são tão caros?
“É a diferença entre comer emumbomrestauranteejantaremumfantástico”,dizpor telefone, de Veneza, Edoardo Caovilla,diretordeoperações e de criação da marca.
Neto do fundador da grife, Caovilla, 41 anos de ida- de e há sete na empresa — período em que mais que triplicou o seu faturamento para quase € 50 milhões (R$ 192,2 milhões) —prefere não revelar o montante investido para desembarcar no país.
Na abertura brasileira, Caovilla vai repetir uma prática que ocorre em seus 16 endereços (6 deles na Europa): 50% dos calçados que estarão à venda serão exclusivos para a unidade paulistana.
“Como em outras cidades, São Paulo terá produtos presentes apenas lá”, relata.
“O cliente apaixonado por Caovilla que viaja a outro país tem curiosidade de ir à nos- sa loja porque sabe que verá algo exclusivo. E belo porque cada local tem suas tradições e cultura, que se alinham ao estilo da ‘maison’”.
Se tudo der certo, afirma, háplanosdeumalojanoRio, ainda sem data prevista. A grife se prepara também para lançar bolsas (em 2018) e joias (em 2019), “ou quando estivermos suficientemente bons nessas produções”.
A unidade brasileira surge antes mesmo de a marca se expandir nos Estados Unidos. Chegará a Las Vegas na primavera de 2018 no hemisfério norte e depois em Miami e Nova York.