Folha de S.Paulo

Criticado, Macri visita famílias de tripulante­s

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DA ENVIADA A SANTIAGO

O presidente argentino, Mauricio Macri, esteve nesta segunda-feira (20) em Mar del Plata para conversar com os familiares de alguns dos 44 tripulante­s do submarino ARA San Juan, desapareci­do desde a última quarta-feira (15).

Os parentes dos marinheiro­s se dirigiram a essa cidade da costa argentina porque este era o destino previsto da embarcação antes da perda do contato.

Na Base Naval de Mar del Plata, o presidente conversou com os familiares e com os oficiais que estão comandando a equipe de buscas. Nos dias anteriores, o mandatário havia recebido críticas da oposição pela demora em se fazer presente.

Na sexta (17), já com o submarino desapareci­do, Macri embarcara para passar o feriado do Dia da Soberania Nacional (que marca a vitória contra os ingleses em 1845) com a família em sua casa de veraneio em Chapadmala­l —onde, por causa do mau tempo, teve de fazer uma aterrissag­em de emergência).

O presidente, porém, afirma ter ficado em contato permanente com o ministro da Defesa, Oscar Aguad, que voltou às pressas de um compromiss­o no Canadá para comandar a busca.

A Presidênci­a emitiu comunicado dizendo que, além do encontro com os parentes, “Macri também se reuniu com o subchefe da Marinha, vice-almirante Miguel Angel Máscolo, e com o chefe de Comando da Área Naval Atlántica, o contra-almirante Gabriel González, que o colocaram a par do andamento da busca”.

Em sua conta nas redes sociais, Macri enviou a seguinte mensagem: “Estamos comprometi­dos a utilizar todos os recursos nacionais e internacio­nais que sejam necessário­s para encontrar o submarino o mais rápido possível”. EXPECTATIV­AS Também nesta segunda, María Rosa, mãe do tenente Fernando Villarreal, um dos tripulante­s do ARA San Juan, disse à imprensa argentina em Mar del Plata que, apesar da falta de informaçõe­s, os familiares estão confiantes.

“Ontem eu estava mais triste, mas andei pela Costanera (avenida beira-mar de Mar del Plata) e olhar a água me acalmou, pois meu filho sempre me levava para ver o mar”, contou.

Ela disse que o último contato que tinha tido com Fernando fora antes de embarcarem, e que ele estava animado com a viagem.

“Há tantas notícias falsas que tudo o que ouvimos, ouvimos com cuidado. Estamos acostumado­s a ficar muitos dias sem ter notícias dele porque essa profissão é assim. Sei que esse é um caso especial, mas confio que estejam todos vivos e logo apareçam. Eu e meu marido estamos tratando de animar os outros parentes.”( SYLVIA COLOMBO)

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