Goldman volta a apostar ‘tudo’ nos emergentes
No enunciado do “Wall Street Journal” para as apostas do banco de investimentos, “Negócios Top de 2018 do Goldman Sachs: É tudo sobre mercados emergentes”.
Nos destaques da Bloomberg para o mesmo estudo, “Emergentes tomam o centro do palco”, caso das “moedas ligadas a commodities”, devido ao “crescimento da atividade global”.
Os estrategistas do banco sugerem que “uma cesta com 25% de real brasileiro, 25% de peso chileno e 50% de sol peruano deve dar retorno de 8% sobre o dólar”.
De modo geral, o índice de referência para investimento em emergentes deve crescer 15% em 2018. Por outro lado, abrindo o texto do “WSJ”: “Esqueça os EUA”.
Foi o Goldman Sachs que cunhou em 2001 o acrônimo Bric, de Brasil, Rússia, Índia e China, num estudo sobre aplicação financeira global.
‘Lula, please God, no’ No título da coluna de Kenneth Rapoza sobre emergentes, na “Forbes”: “‘O mercado não ficará feliz’ se Lula se tornar presidente de novo”. O longo texto abre com a frase “Lula, pelo amor de Deus, não”, que refletiria o que “a maioria dos investidores em mercados emergentes estão dizendo, neste momento”. Destaca, de um dos estrategistas financeiros ouvidos, a pergunta comum: “Se ele ganhar, vamos ter o mesmo Lula [do governo] ou um Lula mais bravo, radical?”.
Tudo tem limite Jair Bolsonaro é “uma incógnita” para os investidores, diz a “Forbes”. E a Bloomberg já anuncia que a inglesa Cambridge Analytica, “a empresa de ‘big data’ que ajudou a eleger Donald Trump, está prospectando clientes” para a eleição presidencial de 2018, mas não quer saber de “extremista”. O sócio brasileiro da Analytica, André Torretra, citando um parente “preso e torturado” pela ditadura militar, explicou: “Tudo na vida tem limite”.
‘New Renewal’ A Bloomberg também produziu a análise “Wall Street brasileira começa a mergulhar na política”. Como exemplos dessa “Wall Street brasileira”, cita os expresidentes do Banco Central Gustavo Franco, “que se filiou ao Partido Novo (New Party), fundado por um banqueiro proeminente” do Itaú BBA, e Armínio Fraga, “que está dando suporte ao Renova (Renewal), uma espécie de escola de finalização de estudos para possíveis políticos”.
Amlo paz e amor Já o “Financial Times” trata da eleição de 2018 no outro gigante latino-americano, o México, onde o “esquerdista radical” Andrés Manuel López Obrador, o Amlo, soltou manifesto “que visa afastar a crítica de que é um demagogo inimigo do mercado”. Líder nas pesquisas, ele promete “administração austera, responsável e honesta dos gastos públicos e preservação dos equilíbrios macroeconômicos”, fazendo mudanças “sem aumento de impostos ou da dívida pública”.
Pesadelo americano Richard Haass, presidente do Council on Foreign Relations, principal centro de estudos em política externa dos EUA, perdeu a paciência com a cobertura do Iêmen. O alvo foi o mais importante jornalístico do país: “É bom que o ‘60 Minutes’ foque o conflito tão pouco coberto do Iêmen, mas por que não fez nenhuma menção ao papel direto e indireto dos EUA em apoio à política saudita? Os EUA são facilitadores do que é um fiasco estratégico e um pesadelo humanitário”.