Folha de S.Paulo

Venda de carro usado sobe e pode haver falta

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A quantidade de financiame­ntos de automóveis usados teve aumento maior que a de novos, aponta a B3.

Os empréstimo­s para compras de produtos zero quilômetro ficaram estáveis, em 0,8%, e os velhos tiveram alta de 8,2% no acumulado dos dez primeiros meses do ano.

O mercado de segunda mão está no seu terceiro ano de cresciment­o, e em mais três, a oferta de usados pode estar aquém da demanda, diz Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto (federação das revendedor­as do segmento).

“O volume que sai das montadoras hoje é 4 milhões menor que era há três anos. A tendência é que esses carros faltem no mercado de semi-novos em dois anos.”

Pelos cálculos da entidade, o desempenho desse segmento nos meses de novembro e dezembro não vai destoar, e 2017 fechará em 8%.

O preço mais baixo é um dos motivos que explicam mais de financiame­ntos de usados que de novos automóveis, afirma Marcus Lavorato, superinten­dente da B3.

“Há recuperaçã­o de vendas no segundo semestre. Até a primeira metade deste ano, tivemos uma flutuação: houve meses de alta e de baixa.”

Emprego, renda e o índice de confiança são os três fatores influencia­m financiame­ntos de veículos, diz. É o último que apresentou melhora significat­iva, segundo ele.

Os mercados de carros novos e usados se relacionam, pois parte das compras de automóveis zero quilômetro tem como parcela de pagamento um carro antigo, afirma.

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