Folha de S.Paulo

Após uma passagem pelo Brasil em 2012, Bruno Mars, 32, iniciou sua segunda visita

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ao país no Rio, no sábado (18) e no domingo (19), com shows curtos (15 músicas, 90 minutos), mas energético­s e muito eficientes.

Se repetir a dose em São Paulo nesta quarta (22) —com ingressos esgotados— e na quinta (23), no estádio do Morumbi, o havaiano demonstrar­á por que é um dos mais badalados artistas da atualidade, com cinco prêmios Grammy, inúmeros hits e ven- das multimilio­nárias.

Apoiado por grande e versátil banda, ele fez as 35 mil pessoas que esgotaram os ingressos (segundo a organizaçã­o) dançarem, cantarem e se divertirem com sua mistura de hip-hop, dance, rhythm and blues, soul, funk e rock.

O repertório privilegio­u seu disco mais recente, “24K Magic” (2016), que dominou a primeira metade do show.

O show começou com “Finesse”, evocando um Michael Jackson dos anos 1990, “24K Magic”, já um grande sucesso entre os fãs, apesar de recente, “Treasure”, do disco anterior, e “Perm”, funky, com batidão contagiant­e.

A abertura serviu de amostra do que se veria até o final: muitos fogos de artifício, um imenso paredão de luzes móveis dando o clima de pista de dança (e também servindo de telão em alguns instantes) e muita dança e balanço.

Vestindo bermuda, camiseta, tênis, boné e cordões de ouro, Mars mostrou-se um pentatleta da música, e suou a camisa como se estivesse numa Olimpíada: cantou, dançou, pulou, tocou guitarra e animou a audiência.

Vindo de uma família de músicos, escolado nos palcos desde a infância, o havaiano domina os truques de animador de auditório: mantém-se permanente­mente conectado à plateia, deslocando-se por todos os cantos para se dirigir a quem está em cada lado do sambódromo, convoca a participaç­ão dos fãs, faz brincadeir­as e até falou português (“Eu quero você, gatinha”, disse, na romântica “Calling All My Lovelies”).

Mars também canta à beça, como se nota principalm­ente nas baladas, quando solta seus agudos com afinação. Não por acaso, um dos melhores momentos da noite foi sua interpreta­ção de “When I Was Your Man”, acompanhad­o apenas do piano e das vozes na multidão.

Ainda que abra espaço para momentos românticos e até roqueiros, como em “Runnaway Baby” e seu riff de guitarra marcante, o que domina a noite é o clima de balada.

Acompanhad­o de oito músicos —os Hooligans, que também dançam e fazem backing vocals—, o cantor requebrou, saltitou e fez passinhos variados, trazendo consigo a plateia predominan­temente jovem e feminina.

O ápice vem no bis, com a dobradinha “Locked Out of Heaven” e “Uptown Funk”, dois megassuces­sos radiofônic­os que sintetizam as qualidades de Mars: olhando para o passado (as bandas de doo-wop dos anos 1950, a Motown dos anos 1960, James Brown e Michael Jackson de todas as épocas), ele faz música pop moderna que cola no ouvido e convida a dançar. QUANDO quarta (22) e quinta (23), a partir de 20h ONDE estádio do Morumbi - pça. Roberto Gomes Pedrosa, 1, tel. 3739-5222 QUANTO R$ 240 a R$ 680, p/ site livepass.com.br; 14 anos

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Florent Dechard/Divulgação O cantor Bruno Mars durante show na praça da Apoteose, no Rio, no último sábado (18)

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