Escola germânica é inspiração para rótulos locais
DO ENVIADO AO VALE DO RENO
São quatro grandes escolas cervejeiras no mundo: a inglesa, a belga, a alemã e a americana. De todas elas, a alemã possivelmente é a mais tradicional.
É de lá também que vem a Reinheitsgebot, a famosa Lei da Pureza Alemã, datada de 1516, que dizia à época que a cerveja só poderia ser feita com três ingredientes: água, lúpulo e malte. Mais tarde, a levedura entrou na equação, o que permitiu a exploração de novos caminhos.
Os alemães são conhecidos pela eficácia, técnica e controle no preparo, com estilos leves, como a kölsch, a berliner weisse, a weissbier ou a helles, que parece muito com a popular pilsener e é hoje a cerveja mais consumida na Oktoberfest, festa mais popular do planeta cerveja, que acontece em Munique.
As IPAs (india pale ale), queridinhas de 9 entre 10 mestres cervejeiros por aqui, ficam em segundo plano em terras germânicas. Mas a cerveja alemã tem, sim, fiéis seguidores no Brasil.
Muitas cervejarias de Santa Catarina, Estado com grande presença de imigrantes alemães, gostam de seguir a escola do país europeu. No entanto, o título de a mais alemã do Brasil pode ser atribuído para a Bamberg, cervejaria de Votorantim, interior de São Paulo, que homenageia uma cidade germânica já no nome. É de Bamberg, na Baviera, que veio a primeira saca de lúpulo para a cervejaria paulista.
Seus estilos seguem os principais produzidos no país europeu, como a helles, a schwarzbier, a weizen ou a rauchbier. A cervejaria promove um tour quase toda semana, sempre aos sábados, que mostra as etapas de fabricação, tudo com o proprietário Alexandre Bazzo como guia. O ingresso, que dá direito a degustação, custa R$ 25. Interessados podem se inscrever pelo e-mail tour@cerveja riabamberg.com.br. (SM)