Bolívia terá mais seis meses para apurar acidente da Chape
Ministério Público pediu mais tempo para analisar provas e colher depoimentos
O Ministério Público da Bolívia anunciou na segundafeira (27) que estenderá por mais seis meses a investigação envolvendo a queda do avião da Chapecoense, em 29 de novembro de 2016, nas cercanias de Medellín (COL).
A aeronave que caiu no Cerro Gordo e fez 71 vítimas fatais era operada pela companhia boliviana LaMia.
“Devido à complexidade do caso, pedimos ao juiz cautelar uma ampliação do prazo, e isso nos foi concedido”, disse Freddy Larrea, promotor da região de Santa Cruz de La Sierra, de onde saiu o voo.
Larrea não descartou incluir nas investigações os venezuelanos Ricardo Albacete e sua filha Loredana Albacete, acusados de serem os verdadeiros donos e acionistas majoritários da LaMia.
“Se for necessário chamar mais pessoas para depor, assim o faremos”, afirmou.
O jornal boliviano “El Deber” publicou áudios e documentos provando o elo entre os venezuelanos e a LaMia.
A família Albacete dirigia a empresa através da administradora Miriam Flores e do diretor-geral, o boliviano Gustavo Vargas Gamboa – única pessoa da companhia que foi presa até o momento.
Larrea também pediu à Interpol que inclua em sua lista de procurados internacionais Celia Castedo, ex-inspetora de voo. Ela, que assinou o documento autorizando o plano de voo da LaMia, está refugiada em Corumbá (MS) desde dezembro de 2016.
Também será incluído na lista da Interpol o piloto Marco Antonio Rocha Benegas, que nunca se apresentou às autoridades. Ele era um dos sócios da LaMia e seu paradeiro é desconhecido.