Folha de S.Paulo

Realidade virtual alivia custo na indústria

Tecnologia permite acompanhar obras à distância e corrigir falhas antes do início da fabricação de produtos

- DANIELLE BRANT

Empresas também apontam ganho de eficiência com simulação de produtos em salas 3D

nos polos automotivo­s da Fiat em Betim (MG) e da Jeep em Goiana (PE).

A tecnologia foi usada na produção do modelo Argo. A empresa realizou mais de 45 mil horas de simulação virtual para identifica­r falhas no projeto antes de construir um protótipo físico do carro.

”É mais barato do que desenvolve­r o carro e depois verificar os problemas durante a montagem. A gente consegue encontrar oportunida­des de melhoria tanto no design quanto na segurança”, afirma Fábio Pugliese, especialis­ta de engenharia de manufatura da Fiat.

O uso do 3D permitiu fazer alterações no Argo. “Vimos que o produto, como estava projetado inicialmen­te, não era viável. Não havia campo visual para fazer a conexão com um componente elétrico do carro”, diz Eric Baier, especialis­ta em simulação virtual da empresa.

A possibilid­ade de evitar falhas é uma das principais vantagens da aplicação da realidade aumentada na indústria, diz Guto Ferreira, presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvi­mento Industrial).

“Permite errar menos. Quando a empresa joga o produto no ambiente de realidade virtual aumentada, não precisa cometer um erro físico para, depois, corrigir.”

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