Gridade física dele é mais elevado”, afirmou a advogada.
A Justiça de Goiás condenou a três anos de internação o adolescente de 14 anos que atirou em colegas de sala no colégio Goyazes, em Goiânia.
No ataque, realizado no mês passado, ele usou a arma da mãe (que, a exemplo do marido, é policial militar) para matar dois alunos de 13 anos e ferir outros quatro, incluindo uma garota de 14 anos que ficou paraplégica.
A sentença foi proferida no Juizado da Infância e Juventude após serem ouvidas nesta terça (28) duas testemunhas de defesa e duas de acusação.
A pena de três anos é o máximo previsto em lei como medida socioeducativa imposta a adolescentes infratores.
A advogada do atirador, Rosângela Magalhães de Almeida, afirmou que a defesa não vai recorrer “dada a gravidade dos fatos e a preocupação constante e primeira de garantir a integridade física dele”.
“Até em razão da repercussão do caso e por ele ser filho de [policiais] militares, consideramos que o risco à inte- AVALIAÇÃO Além da pena, o adolescente terá de se submeter, a cada seis meses, a uma avaliação da Justiça em relação ao comportamento e às condições gerais de momento.
“Bem ou mal, a sentença encerra um ciclo, e isso pode ajudar, não sei em quanto tempo, que ele possa ter uma perspectiva de futuro”, disse.
De acordo com a advogada, ele cumprirá a pena em uma unidade para adolescentes infratores no interior de Goiás. Ele esperava pela sentença em cela isolada. A mãe do atirador responde a um inquérito militar devido ao uso da arma dela pelo filho.
O jovem confessou o crime e afirmou que o cometeu por ter sofrido bullying dos colegas. Ele disse à polícia que se inspirou nos massacres de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro. (JANAINA GARCIA)