Temer quer que o PSDB apresse saída da Esplanada
Tucanos não estão mais na base do governo, diz ministro da Casa Civil
O presidente Michel Temer decidiu se antecipar ao movimento do PSDB e passou a pressionar o partido para que agilize seu desembarque da Esplanada.
Para o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), a sigla não faz mais parte da sustentação do Planalto. “O PSDB já disse que vai sair. Nós vamos fazer de tudo para manter a nossa base de governo e um projeto único de poder para 2018”, disse.
A Folha apurou que Temer ficou irritado com fala do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O tucano, que deve assumir a presidência do partido em 9 de dezembro, já planeja o rompimento com o governo.
Temer e Alckmin têm reunião marcada para o sábado (2), quando devem discutir a saída definitiva da legenda, que tem três ministros na gestão do peemedebista.
Com o endurecimento do tom, o presidente faz um aceno aos partidos do centrão, como PP, PTB e PR, que desejam cargos e são fundamentais para a aprovação da reforma da Previdência.
Por outro lado, aliados veem risco na estratégia, já que os tucanos também são importantes para a votação.
Os senadores Aécio Neves e Tasso Jereissati defendem publicamente o apoio à reforma, mas parte da bancada da Câmara quer mudanças no texto.