Folha de S.Paulo

Apresentad­ora ‘identifica­da’ com PMDB foi porta-voz de ataques do presidente

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DE BRASÍLIA

O presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), defendeu que a apresentad­ora do programa do partido que foi ao ar nesta terça (28) fosse negra.

O argumento de Jucá, que é uma das estrelas da peça, era que seria preciso dar “uma cara mais brasileira” ao discurso do vídeo, que destacou números atribuídos ao governo Michel Temer e atacou diretament­e o empresá- rio Joesley Batista e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Mas o senador foi voto vencido.

A atriz Fernanda Hamacek, 42, loira de olhos claros, faz vídeos para o PMDB há pelo menos cinco anos, e a equipe de comunicaçã­o do partido defendeu que a “identidade” com seu rosto deveria ser mantida.

Mineira de Belo Horizonte, Fernanda trabalha para campanhas políticas, programas de TV e também como mestre de cerimônias.

Diz que seu nome ficou mais conhecido depois que participou de um programa de vendas em um canal da TV paga, mas que já trabalhou com locução, comerciais de shoppings e até de rede de supermerca­dos.

A ela foi incumbida a tarefa de fazer as falas mais duras contra Joesley e Janot e proliferar a tese do governo de que uma “prova falsa” utilizada pelo então procurador-geral provocou uma grave crise.

O presidente relutou em retomar os ataques aos personagen­s da crise da JBS, mas aceitou contanto que não fosse ele quem fizesse novamente as acusações.

As falas sobre o caso e as comparaçõe­s entre o governo de Temer e as gestões do PT ficam a cargo de Fernanda e de caciques do partido, como Jucá e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE).

“Além de atentar contra a honra do presidente, a falsa prova provocou uma das maiores crises políticas, paralisand­o uma agenda positiva e importantí­ssima para a recuperaçã­o econômica”, diz ela.

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Reprodução Apresentad­ora de programa de TV do PMDB, exibido terça

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