Plano de recuperação da construtora Viver recebe aval de credor
Desde 1998, com a Encol, uma incorporadora de porte não recorria ao instrumento judicial
DE SÃO PAULO
Depois de muita negociação, a Viver conseguiu aprovar nesta quarta (29) o plano de recuperação judicial com aval de 80,64% do total de presente na assembleia-geral dos credores.
Como a incorporadora não possuía ativos para os pagamentos da dívida, ficou acertado que cerca de 99% da Viver será entregue aos credores, por meio de emissões de ações.
A conversão de papéis chegará a pelo menos R$ 880 milhões. Mas a dívida total da holding, incluindo a dos empreendimentos com planos individuais, chega a R$ 1,3 bilhão.
Os maiores credores são os bancos e fundos de investimento: Bradesco, Caixa Econômica Federal, Polo Capital, Credit Suisse, Santander, Votorantim e Paladin —que também o principal acionista. CASO ENCOL be um CNPJ e contabilidade próprios. São as chamadas SPE (Sociedade de Propósito Específico).
O intuito é assegurar a continuidade e a entrega das unidades em construção aos futuros donos dos imóveis, mesmo em caso de falência da construtora.
“Creio que o modelo de plano aprovado pela Viver também servirá para outras empresas do setor que precisem seguir o mesmo caminho [da recuperação judicial]”, disse Rafael Carlos, sócio da Alvarez & Marsal, responsável pelo plano judicial da incorporadora. EM CONSTRUÇÃO