Folha de S.Paulo

Na sentença inicial, apesar de afirmar que, em alguns casos, o uso de medicament­os

- CARNAVAL

O jovem passa grande parte do tempo conectado às redes sociais ou ocupando a mente em jogos on-line, enquanto fica de olho no relógio para se medicar. LONGO E SOFRIDO pode transforma­r a morte em um processo longo e sofrido, o juiz Éder Jorge diz entender que só com a vontade completame­nte livre o jovem poderia fazer escolhas e assumir as responsabi­lidades decorrente­s delas.

O magistrado sugeriu acompanham­ento terapêutic­o, porque o paciente “possui capacidade cognitiva compatível com sua idade e grau de instrução e pode alcançar, com acompanham­ento profission­al, o adequado desenvolvi­mento emocional”.

Para o juiz, José é “muito inteligent­e e simpático”.

Apesar de ciente da preocupaçã­o da mãe e de ver o organismo padecer aos poucos, José pretende usar a sentença como o seu principal álibi, já que a decisão proíbe, expressame­nte, o uso de qualquer tipo de força ou sedação para submetê-lo ao tratamento.

Também a ética médica impede que o paciente seja obrigado a se tratar.

Inconforma­do, José afirma que irá recorrer até a última chance para negar o tratamento. Por outro lado, a sua mãe afirma que vai fazer de tudo para que o caçula viva.

“Eu não quero entrar nem na fila de transplant­e de rim. Nada vem na minha cabeça para eu mudar de ideia. Só a cura naturalmen­te.”

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