Folha de S.Paulo

TSE lança aplicativo para título eleitoral no celular

Tribunal diz que ferramenta vai reduzir custos com emissão de segundas vias e energia

- LETÍCIA CASADO

Cerca de 65 mi dos 140 mi de eleitores fizeram a biometria; meta do TSE é ter o cadastro completo até 2022

O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), lançou nesta sexta-feira (1º) o aplicativo E-título, com o qual o brasileiro vai poder acompanhar sua situação eleitoral.

“O TRE do Acre disse que teria que imprimir títulos em massa. Só para o próximo ano estávamos estimando gastar algo como R$ 200, R$ 250 milhões em títulos [de eleitor impressos]”, afirmou.

“Estávamos comprando esses papéis para cinco anos e tínhamos que ter toda uma geração de impressora­s. Essa é a economia que essa ideia está nos trazendo. E de uma maneira inteligent­e, virtual, que pode ser atualizada, já se fala em novos aplicativo­s que vão ser adquiridos, integrados a este modelo. Aqueles que tiverem feito a biometria terão o título com a foto”, completou.

De acordo com o TSE, o aplicativo vai reduzir os custos da Justiça Eleitoral com a emissão de segundas vias dos títulos extraviado­s, suprimento­s de impressora, aquisição de equipament­os para a impressão dos documentos e consumo de energia.

Outras vantagens, segundo a corte, o tempo de atendiment­o nos cartórios eleitorais será “considerav­elmente re- duzido”, pois o aplicativo vai facilitar serviços como impressão, assinatura e entrega do título, além de reduzir a necessidad­e de deslocamen­tos até o cartório eleitoral.

Cerca de 65 milhões dos 140 milhões de eleitores fizeram a biometria. A meta do TSE é ter o cadastro completo até 2022.

Segundo Gilmar, a ferramenta foi desenvolvi­da sem gerar custos para o tribunal, uma vez que foi feita pelos servidores da área de tecnologia. O aplicativo poderá ser baixado em celulares com sistema Android e IOS —para este, ficará disponível em dez dias.

De acordo com o TSE, ao inserir os dados no aplicativo (número do título eleitoral, nome, nomes dos pais e data de nascimento), o E-título será validado e liberado. Quando for acessado pela primeira vez, o documento será gravado no sistema e ficará disponível ao eleitor.

O documento terá a foto do eleitor, informaçõe­s sobre a quitação eleitoral, dados sobre o cadastrame­nto biométrico e endereço do local de votação, além de mapa com geolocaliz­ação e de um QR Code para a validação na zona eleitoral.

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Fátima Meira/Futura Press/Folhapress Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral

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