Nova versão acata sugestões, diz ministério
DE SÃO PAULO
Segundo o Ministério da Educação, a nova versão da Base Nacional Comum Curricular é resultado de análise dos documentos apresentados nas audiências públicas do Conselho Nacional de Educação. A pasta não indicou, entretanto, como foi a sistematização dessa análise e quantas pessoas foram envolvidas.
Questionado, o MEC também não respondeu sobre a exclusão definitiva de termos referentes à identidade de gênero. De acordo com membros do conselho, a base não trará essas menções —que foram suprimidos de última hora na 3ª versão pela equipe do ministro Mendonça Filho (DEM).
O governo diz em nota que, no trabalho de revisão, foi levada em consideração “a pertinência dos temas tratados”.
“O MEC trabalhou em estreita cooperação com os relatores da BNCC, de forma a garantir o pleno alinhamento do texto da base ao da resolução a ser submetida à aprovação”.
O novo texto da base, encaminhado nesta semana e ainda não divulgado, deve constar como anexo da resolução do CNE. Essa resolução deve definir detalhes de prazos de implementação.
O bloco de português passou por grandes alterações. “O aprimoramento da progressão em língua portuguesa, abrangendo desde a fase inicial de alfabetização, passando pelo subsequente aperfeiçoamento ortográfico durante os anos iniciais, até o aumento gradativo na complexidade das habilidades.”
Haverá ainda mudanças na educação infantil e em ciência humanas. “O conjunto do documento incorpora sugestões para aprimoramento da redação, exclusão de ambiguidades e repetições.”