Folha de S.Paulo

Sorteio deixa Mundial sem confrontos entre campeões

Anfitriã, Rússia comemora estreia contra a Arábia Saudita em chave fácil

- ALEX SABINO SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A MOSCOU

Seleção brasileira estreia na Copa contra a Suíça, em Rostov, e enfrenta ainda Costa Rica e Sérvia no Grupo E

A Copa de 2018 não terá um “grupo da morte”. O sorteio das chaves realizado em Moscou nesta sexta (1º) determinou que na primeira fase não haverá clássicos entre as principais seleções ou confronto entre equipes campeãs.

Espanha, Uruguai e Inglaterra estavam no pote 2 e poderiam cruzar o caminho dos cabeças de chave e também campeões França, Alemanha, Argentina e Brasil. O que não aconteceu. A seleção brasileira caiu no Grupo E, com Suíça, Costa Rica e Sérvia.

O sorteio foi tudo o que os anfitriões queriam. A Rússia fará a abertura da Copa em 14 de junho, em Moscou, contra a Arábia Saudita. Pelo ranking da Fifa divulgado em outubro, usado para a definição dos potes, são as duas piores seleções classifica­das.

Os russos estão no 65º lugar, e os árabes, no 63º. A principal pedra para os donos da casa deverá ser o Uruguai, que também está no grupo, assim como o Egito.

O principal confronto da primeira fase será entre Portugal e Espanha, vizinhos na península Ibérica e que se enfrentara­m pela última vez em mundiais em 2010. Os espanhóis ganharam por 1 a 0 nas oitavas e foram campeões.

Irã e Marrocos também estão na chave, mas portuguese­s e espanhóis são os favoritos a avançarem na que possivelme­nte será a última Copa de Cristiano Ronaldo. Na abertura do torneio de 2018, ele estará com 33 anos.

O anúncio da Espanha no mesmo grupo de Portugal foi um dos únicos dois momentos de frisson na plateia.

O outro foi quando ficou definido que a Rússia faria o primeiro jogo com a Arábia Saudita. Acontecera­m aplausos dos locais pela possível facilidade na partida.

A falta de grandes rivalidade­s fez com que a abertura das bolas com os nomes das seleções acontecess­e em clima de tranquilid­ade.

Nem mesmo o apresentad­or Gary Lineker, artilheiro do Mundial de 1986, fez piadas, o que é uma de suas caracterís­ticas na TV britânica.

A única brincadeir­a foi quando disse que Diego Maradona, após colocar a Islândia no grupo da Argentina, era “bom com as mãos”. A lembrança era o gol da “mão de Deus”, anotado por ele contra a Inglaterra em 1986.

Maradona foi quem causou a maior polêmica da noite, ao dar uma alfinetada no técnico da seleção de seu país, Jorge Sampaoli. Disse que o grupo seria difícil porque a equipe estava jogando mal.

O treinador respondeu após o sorteio. “Não me preocupo com isso. Tenho o maior jogador da história no meu time”, colocando Lionel Messi um patamar acima do de Maradona.

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Pelé prestigia o sorteio da Copa do Mundo, no Kremlin

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