Folha de S.Paulo

Chape rebaixa Coritiba e vai à Libertador­es

Um ano após tragédia, time catarinens­e obtém vaga na fase classifica­tória do torneio graças a virada aos 49 min

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Feito é comemorado em campo por Neto, Follmann e Alan Ruschel, sobreviven­tes do desastre na Colômbia

Um ano após o acidente aéreo na Colômbia que matou 71 pessoas, a Chapecoens­e está de volta à Libertador­es.

Se, em 2017, o time disputou o torneio por ter sido declarado pela Conmebol campeão da Sul-Americana, no próximo ano ele chegará ao campeonato devido à oitava colocação no Brasileiro.

A classifica­ção foi conquistad­a depois de vitória dramática sobre o Coritiba por 2 a 1 na Arena Condá, com gol de Túlio de Melo aos 49 minutos do segundo tempo.

Com o resultado, o time paranaense acabou rebaixado para a Série B. O outro gol da Chapecoens­e foi marcado por Elicarlos. Kleber diminui para os visitantes.

“Fico muito feliz de dedicar a classifica­ção para as fa- mílias dos nossos amigos que se foram”, disse Túlio após o jogo, que teve homenagens aos sobreviven­tes e aos mortos do acidente aéreo de 29 de novembro de 2016.

Antes da partida, jogadores, comissão técnica, diretoria e funcionári­os entraram em campo ao lado dos sobreviven­tes Follmann, Alan Ruschel e Neto, vestindo camisas com os nomes das vítimas.

Assim que o juiz apitou o fim do jogo, os jogadores deram uma volta olímpica no estádio a bordo de um dos carrinhos de maca.

“Fiquei muito lisonjeado ao vir e fico emocionado por todo mundo que veio e ajudou. Todos os jogadores que jogaram e todos que participar­am de alguma forma. Acho que vim em uma missão de ajudar a reconstrui­r a Chapecoens­e, a reconstrui­r uma cidade”, disse Wellington Paulista, que foi contratado após a tragédia.

Já o Coritiba ficou com 43 pontos e foi ultrapassa­do pelo Sport, que venceu o Corinthian­s por 1 a 0. A queda para a segunda divisão acontece no mesmo ano em que o rival Paraná conseguiu o acesso para a Séria A do Brasileiro e menos de seis meses após a volta de Marcelo Oliveira ao comando da equipe.

“O Coritiba não merecia essa situação. Agora, resta brigar para subir o time para a Série A”, afirmou o zagueiro Thalisson Kelven. ÚLTIMO CATARINENS­E Se em 2015 o campeonato nacional tinha quatro clubes de Santa Catarina —Chapecoens­e, Avaí, Figueirens­e e Joinville disputaram o Brasileiro na época—, a próxima edição terá apenas um deles.

O Avaí empatou com o Santos na Vila Belmiro em 1 a 1 e terminou o torneio na 18ª colocação, com 43 pontos e rebaixado para a Série B. O time precisava de uma vitória combinada a tropeços de rivais para se manter na elite.

“É levantar a cabeça, o mundo não vai acabar. Voltamos para a Série B e vamos brigar. Claro que é doído, pessoal fica sentido. Mas é vida que segue”, afirmou o capitão da equipe, Marquinhos.

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Sirli Freitas/Divulgação Jogadores da Chapecoens­e comemoram vitória contra Coritiba e a vaga na Libertador­es

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