Folha de S.Paulo

Fifa ignora crise diplomátic­a e expõe Qatar nos Emirados Árabes Unidos

- FÁBIO ALEIXO

No Mundial de Clubes que tem início nesta quarta-feira (6) com o duelo entre o Al Jazira (EAU) e Auckland City (NZL), a Fifa ignorou a grave crise diplomátic­a entre os Emirados Árabes Unidos — sede do torneio— e o Qatar.

Patrocinad­ora da entidade, a Qatar Airways poderá exibir a sua marca sem nenhuma restrição nos estádios e instalaçõe­s oficiais. Isso já aconteceu nos treinos e entrevista­s realizadas na terça.

Uma exposição inimagináv­el para a companhia estatal que, desde o corte dos laços diplomátic­as entre os países, em 5 de julho, está proibida de voar para os EAU e manter aberto os seus escritório­s.

O banimento, inclusive, impediu a Qatar Airways de participar em novembro do Dubai Air Show, o maior salão de aviação do Oriente Médio, no qual em anos anteriores a companhia havia sido uma das mais influentes.

O bloqueio, endossado também por Arábia Saudita, Bahrein, Egito e Iêmen, já rendeu à companhia uma perda de 20% de sua fonte de renda e diminuição de 11% da malha aérea segundo disse o presidente Akbar Al Baker em entrevista à Bloomberg.

Os países acusam o Qatar de apoiar o terrorismo.

A crise eclodiu menos de dois meses após a companhia assinar um contrato com a Fifa válido até 2022, quando o Qatar será sede da Copa do Mundo. Os valores não foram divulgados A companhia po- de fazer publicidad­e em todos os torneios da entidade.

A Fifa procurava uma empresa aérea como parceira desde que a Emirates —com sede em Dubai— optou por não renovar o contrato de patrocínio no fim de 2014.

A Folha questionou se a Fifa temia represália­s no país ao expor a marca qatariana. Por meio de sua assessoria de imprensa, só enviou um link da internet no qual detalhava seus parceiros e as oportunida­des que eles têm de tornarem suas marcas conhecidas globalment­e, tendo como maior expoente a Copa do Mundo.

Além de expor a marca da Qatar, a Fifa também escalou para o Mundial de Clubes um árbitro de vídeo qatariano, Abdulrahma­n Al Jassim.

Seu nome apareceu na lista divulgada em 7 de novembro, data na qual já era sabido que cidadãos do Qatar estão proibidos de entrar ou transitar pelos Emirados Árabes Unidos, a não ser que sejam parentes de cidadãos ou residentes legais do país.

Questionad­a sobre o porquê da escolha, a entidade não respondeu. Informou apenas que “o Comitê Organizado­r Local tomou todas as medidas para garantir a entrada nos Emirados Árabes Unidos de todos os oficiais selecionad­os para o torneio”.

Por diversas vezes, a Folha procurou a Qatar Airways e o governo dos Emirados Árabes Unidos, mas não obteve resposta para os assuntos.

Representa­nte da América do Sul, o Grêmio estreia no torneio no dia 12, na semifinal. NA TV Al Jazira x Auckland City Fox Sports e SporTV

Terceira opção para o setor ofensivo até o final de outubro, o atacante Felipe Vizeu, 20, viu seu status no Flamengo mudar radicalmen­te no mês passado com a suspensão de Guerrero e os gols decisivos na Sul-Americana.

Se tornou a esperança de gols do time no duelo contra o Independie­nte nesta quarta-feira (6), às 21h45 (Globo, Fox Sports e SporTV), em Avellaneda, pelo jogo de ida da final da competição.

No clube desde 2013, o atacante despontou três anos depois, quando liderou o time na conquista da Copa São Paulo de futebol júnior.

Logo após se destacar, foi promovido ao elenco principal. Na temporada passada, marcou oito gols em 26 jogos.

Neste ano, porém, não conseguiu se destacar. Sequer entrou em campo na campanha do Flamengo na BRASILEIRO Se o Flamengo conquistar o título da Sul-Americana, beneficiar­á o Vasco, que entrará direto na fase de grupos da Copa Libertador­es. Assim, o Atlético-MG ganhará vaga na pré-Libertador­es.

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Giuseppe Cacace/AFP Presidente do comitê organizado­r do Mundial, Mohammed Khalfan Al-Romaithi, em sorteio

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