Folha de S.Paulo

Aliados e rivais dos americanos criticam decisão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Aliados e rivais dos Estados Unidos criticaram a decisão anunciada nesta quarta-feira (6) pelo presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou ser “uma decisão lamentável que a França não apoia e que vai contra a lei internacio­nal e todas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.

“O governo alemão não apoia essa decisão porque o status de Jerusalém deve ser negociado no âmbito de uma solução de dois Estados”, declarou a chanceler alemã, Angela Merkel.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou: “Neste momento de grande ansiedade, quero deixar claro: não há outra alternativ­a que não a solução de dois Estados. Não há plano B”.

O Egito —único vizinho além da Jordânia a reconhecer a existência de Israel— disse que rejeita a mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém.

“Declarar Jerusalém como capital é uma grande injustiça, crueldade, miopia, loucura e maluquice, e vai mergulhar o mundo em um incêndio sem fim à vista”, afirmou o vice-premiê turco, Bekir Bozdag, na manhã desta quarta.

“Não posso ficar calado sobre minha profunda preocupaçã­o com a situação sobre Jerusalém”, disse o papa Francisco. “Faço um apelo para que todos respeitem o status quo da cidade, em conformida­de com as resoluções da ONU.”

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