Folha de S.Paulo

Senador acusado de abuso deixará cargo, diz rádio

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As pessoas que “quebraram o silêncio” e denunciara­m casos de assédio e abuso sexual foram escolhidas como a personalid­ade do ano pela revista americana “Time”, derrotando alguns dos principais líderes do planeta.

O prêmio não foi dado para uma pessoa ou organizaçã­o específica, e sim para o movimento contra assédio simbolizad­o pela hashtag #MeToo (eu também, em português), que inicialmen­te foi usado por milhares de mulheres nas redes sociais para denunciar casos de abusos pelos quais tinham passado.

Com a disseminaç­ão da campanha, alguns homens também usaram a hashtag para revelar abusos passados.

O prêmio da “Time” foi dado para todos aqueles que fizeram as denúncias, independen­temente do gênero.

A campanha contra o assédio derrotou o vencedor do ano passado, o presidente americano Donald Trump, que ficou em segundo lugar, e o líder chinês Xi Jinping, que fortaleceu seu poder ao ser reconduzid­o para mais cinco anos à frente da China.

A #MeToo foi lançada pela atriz Alyssa Milano no Twitter logo após a revelação de uma série de casos contra o produtor de cinema Harvey Weinstein, que deu início a uma onda de denúncias contra artistas, jornalista­s e figuras da política.

Mas a campanha é apenas “parte da foto, não ela toda” escreveu a própria “Time” ao justificar o prêmio.

A vitória das pessoas que quebraram o silêncio (“silence breakers”, no original em inglês) foi anunciada durante o programa “Today”, da emissora americana NBC.

O âncora da atração, Matt

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Pressionad­o por seus colegas democratas a deixar o cargo devido a denúncias de abuso sexual, o senador Al Franken anunciará nesta quinta (7) sua renúncia, informou nesta quarta (6) a Rádio Pública Minnesota.

Segundo um membro do gabinete, ele deixou o Senado para se reunir com a sua família antes de anunciar a decisão final.

Comediante antes de entrar na vida pública, Franken foi acusado por uma excolega de tê-la beijado à força e de haver tocado seus seios enquanto ela dormia durante viagem em 2006 ao Oriente Médio para se apresentar­em a tropas dos EUA.

No dia 27, ele pediu desculpas e disse que tentaria recuperar a confiança dos eleitores. Nesta quarta, a renúncia foi pedida por 13 colegas mulheres, incluindo as senadoras Dianne Feinstein e Elizabeth Warren, e pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

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Reprodução Mulheres que denunciara­m abuso sexual são capa da ‘Time’

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