Folha de S.Paulo

Justiça pede fim de foro de Cristina Kirchner

Ex-presidente argentina, hoje no Senado, é acusada de obstruir investigaç­ão de atentado a entidade israelita

- SYLVIA COLOMBO

Caberá ao Congresso tirar ou não proteção da ex-mandatária; juiz também mandou prender auxiliares dela

e Bonadio executa a partitura, que tem como objetivo assustar e aniquilar a população, os movimentos sociais e a oposição.”

Como foi eleita em outubro e tomou posse no Senado na semana passada, Cristina só poderá ir a julgamento por qualquer dessas causas na eventualid­ade de seu foro privilegia­do ser retirado.

O primeiro passo já foi dado, por meio de um pedido de Bonadio ao Congresso. Este, agora, deve formar uma comissão que tem até 60 dias para deliberar se leva ou não o caso para votação do Parlamento.

Se essa consulta ocorrer e for decidido que a ex-presidente não tem mais o foro privilegia­do, poderá então ir presa preventiva­mente e responder os processos em que está envolvida.

Também na quinta, foram presos outros líderes de agrupações kirchneris­tas que teriam participad­o do toma lá, dá cá com o Irã. Espera-se que, a partir desta sexta-feira (8), prestem novas declaraçõe­s à Justiça.

A oposição kirchneris­ta reagiu à ordem judicial. O deputado Agustín Rossi disse que se trata de “uma tentativa de aniquilar a oposição, uma perseguiçã­o política, e por trás dela está Mauricio Macri”.

Agrupações kirchneris­tas planejavam para as 20h (21h de Brasília), na Praça de Maio, uma manifestaç­ão contra as prisões.

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