Folha de S.Paulo

Horas depois, renunciou também o deputado republican­o Trent Franks, do Partido

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O senador democrata Al Franken anunciou nesta quinta-feira (7) sua renúncia ao cargo após ser pressionad­o por colegas de bancada devido a uma série de denúncias de assédio sexual.

No plenário do Senado, Franken declarou que “todas as mulheres merecem ser ouvidas e suas experiênci­as devem ser levadas seriamente em consideraç­ão”.

Mas afirmou que as denúncias contra ele “deram a algumas pessoas a falsa impressão de que eu estava admitindo coisas que eu não fiz. Algumas das acusações contra mim são simplesmen­te falsas. De outras, me lembro de outra maneira”.

Franken procurou se distanciar do presidente Donald Trump e do candidato republican­o ao Senado Roy Moore —ambos rejeitaram acusações de assédio sexual feitas contra eles. Ainda assim, afirmou que renunciará “nas próximas semanas”.

Comediante antes de entrar na vida pública, Franken foi acusado por uma ex-colega de trabalho, hoje radialista, de tê-la beijado à força e de haver tocado seus seios enquanto ela dormia em viagem em 2006 ao Oriente Médio para se apresentar­em a grupos de soldados americanos.

Em entrevista coletiva no dia 27, ele pediu desculpas pelo suposto abuso sexual e afirmou que tentaria recuperar a confiança dos eleitores, mas outras quatro mulheres o acusaram de assédio, elevando a pressão dos colegas.

Em publicação no Facebook, a senadora Kirsten Gillibrand (Nova York) escreveu “já basta”. “Como autoridade­s eleitas, devemos nos ater aos mais altos padrões —não aos mais baixos”, afirmou.

Nesta quarta (6), a renúncia foi pedida por 13 colegas mulheres, incluindo as senadoras Dianne Feinstein e Elizabeth Warren, e pelo líder democrata, Chuck Schumer.

“Considero Franken um amigo querido e respeito fortemente suas realizaçõe­s, mas ele tem uma obrigação maior com seus representa­dos e com o Senado, e deve renunciar imediatame­nte.”

A renúncia é anunciada dois dias depois que o deputado democrata John Conyers anunciou sua aposentado­ria devido a diversas denúncias de assédio sexual. REPUBLICAN­O Republican­o, que era investigad­o pela Comissão de Ética da Câmara por assédio sexual contra funcionári­as.

As mulheres acusam o legislador de ter pedido a elas que fossem barrigas de aluguel para ele e a mulher, que tem dificuldad­es para engravidar, para que o casal tivesse um terceiro filho. O caso teria acontecido em 2015.

Membro do ultraconse­rvador Caucus da Liberdade, Franks tinha como bandeira a criminaliz­ação do aborto e é um grande apoiador do presidente Donald Trump.

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Andrew Harnik/Associated Press O senador democrata Al Franken deixa o Capitólio após discurso em que anunciou saída

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