Dessa volatilidade para os preços domésticos”.
—36% que disseram que não há comprometimento algum.
O gás de cozinha é hoje reajustado pela Petrobras de acordo com uma fórmula que considera cotações europeias do butano e do propano (elementos usados na produção do combustível), além da taxa de câmbio.
A empresa justificou a proposta de revisão da fórmula alegando que o modelo atual traz para o Brasil volatilidades dos mercados europeu, como a transferência para o consumidor de alta sazonal provocada pela chegada do inverno no hemisfério Norte.
O objetivo da revisão, diz a companhia, é “buscar uma metodologia que suavize os impactos derivados da transferência NOVA FÓRMULA O reajuste anunciado nesta semana foi o último com a fórmula atual.
A nova fórmula ainda não foi anunciada, mas a Petrobras diz, no comunicado, que “buscará não perpetuar os efeitos sazonais (inverno) já ocorridos”, em um sinal de que pode reduzir o preço.
A decisão se aplica apenas ao gás vendido em botijões de 13 quilos. O produto para vasilhames maiores ou a granel, mais usados por comércio e indústria, tem fórmula diferente, que considera também o custo de importação.
A proposta de suavizar as volatilidades foi vista com preocupação no mercado, pelo temor de artificialização dos preços. Na semana passada, a estatal já havia sinalizado revisão da política para o diesel, que também deve reduzir o preço do produto. GASOLINA Para 82% dos entrevistados pelo Datafolha, o preço da gasolina também aumentou muito nos últimos meses. Outros 12% dizem que aumentou um pouco. Para 68%, o atual preço compromete muito o orçamento familiar.
Mas, diferentemente do que ocorre com o gás de cozinha, a gasolina causa impacto tanto no orçamento de ricos quanto no de pobres.