Folha de S.Paulo

‹ Governo diz que crise econômica inviabiliz­ou obras

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DE SÃO PAULO

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) culpa a crise e a falta de repasses para obras de prevenção a enchentes.

O Daee (Departamen­to de Águas e Energia Elétrica), autarquia estadual, cita transferên­cias federais que não se concretiza­ram, incluindo verbas do PAC (Programa de Aceleração do Cresciment­o).

Segundo a autarquia, ainda houve “contingenc­iamento em decorrênci­a da crise econômica que atinge todo o país, que paralisou ou inviabiliz­ou algumas obras” e economia ao mudar projetos.

O departamen­to afirmou ter havido contingenc­iamentos de R$ 30 milhões para sistemas de drenagem e de R$ 51 milhões para piscinões.

No entanto, cita obras nessas áreas, como canalizaçõ­es de córregos, construçõe­s de pôlderes no Tietê e a entrega do piscinão Guamiranga, na Vila Prudente, em fevereiro.

O governo diz que as obras do Parque Várzeas do Tietê estão em “pleno desenvolvi­mento”, apesar de “imprevisto­s em licitações” terem “inviabiliz­ado” R$ 162 milhões.

Isso inclui a construção de um piscinão, canalizaçã­o de córregos, instalação de conjuntos de comportas e recuperaçã­o de 15 km de matas ciliares do Tietê em Guarulhos.

A respeito da construção do pôlder da Vila Itaim, afirmou que realizou na terça (5) remoção de 130 famílias que ocupavam a área onde funcionará o sistema hidráulico.

“A obra será iniciada imediatame­nte após a conclusão da demolição das casas e remoção do entulho. O período decorrido entre o anúncio da obra e o início, agora, deve-se justamente ao processo judicial de desapropri­ação das áreas”, diz nota do Daee.

O departamen­to anunciou em novembro ações de prevenção, incluindo desassorea­mento do rio Tietê, ao custo de R$ 130 milhões. Também lembrou os R$ 41 milhões gastos para limpeza de 25 piscinões na Grande SP.

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