Folha de S.Paulo

Gabriel Medina supera lesão e briga por 2º título Mundial

Surfista paulista se recupera de problema no joelho e, após duas vitórias seguidas, disputa em Pipeline o troféu com três adversário­s

- KÁTIA LESSA Não tem chance de título

Após superar rivais e uma lesão durante atual temporada, Gabriel Medina, 23, tenta algo inédito. Primeiro brasileiro a vencer o Mundial de surfe, o paulista busca agora busca ser o único do país a levar o troféus duas vezes.

Ele não depende só de si para atingir o objetivo. Segundo do ranking, com 50.250 pontos, ele disputa a partir desta sexta (8) a última etapa do campeonato mundial de 2017, na bancada de Pipeline, ao norte da ilha havaiana de Oahu.

Para conseguir o bicampeona­to, Medina precisa torcer contra um rival que conhece bem as ondas do local: o havaiano John John Florence, campeão mundial em 2016 e líder da atual temporada, com 53.350 pontos.

O havaiano leva o título se chegar à bateria final. Se for eliminado nas primeiras rodadas, o brasileiro pode ser campeão até com um quinto lugar. O sul-africano Jordy Smith e o australian­o Julian Wilson também têm chance (veja combinaçõe­s ao lado).

Após um início com resultados ruins, Medina voltou a Onde: Ilha de Oahu, no Havaí (EUA) Quando: 8 a 20.dez Posição no ranking Pontuação CONTAS PARA O TÍTULO Se John John Florence... ...chegar à final ...cair na semifinal ou nas quartas ...não chegar às quartas de final ...for eliminado na primeira ou segunda rodada

Quem ainda tem chance de ser campeão

Fica com o título se concorrent­es não atingirem suas metas brigar pelo título com vitórias nas etapas da França e de Portugal, disputadas em outubro. Resultados que comprovara­m sua superação física no ano.

No dia 20 de março, na etapa de abertura do Circuito Mundial, em Gold Coast, na Austrália, Medina teve uma lesão no ligamento colateral medial do joelho direito. SEM CIRURGIA O caso não precisou de intervençã­o cirúrgica, mas, enquanto fazia fisioterap­ia, o atleta, que é conhecido pelo bom preparo físico, acumulou uma série de resultados decepciona­ntes. Nas etapas seguintes, não chegou sequer às quartas de final. Foi 25º em Margaret River, 13º em Bells Beach e Fiji, e nono no Rio.

Foi só na sexta das 11 etapas do Mundial que Medina deu sinais de que estava recuperado da lesão. Em Jeffreys Bay, na África do Sul, o brasileiro ficou em terceiro.

Depois disso, foi vice-campeão em Teahupo’o, no Taiti. Não foi bem em Trestles, na Califórnia, com um 13º lugar, mas se recuperou com as duas vitórias na Europa.

“O que aconteceu na Austrália prejudicou o início da temporada do Gabriel, mas ele já está totalmente recuperado. Foi uma lesão que limitou o gesto esportivo, exigiu oito semanas de repouso, gelo e fisioterap­ia. Ele ficou seguro para cumprir os treinos só depois da etapa do Rio [realizada em maio]”, diz o médico Marcelo Baboghluia­n, do Instituto Mar Azul, que cuidou do atleta.

Para a etapa havaiana, conhecida pelas ondas tubulares perfeitas e rápidas, o médico indicou reforço muscular para estabiliza­r as articulaçõ­es lesionadas.

Treinos foram montados para que houvesse aumento da intensidad­e e diminuição do volume de exercícios, que vão durar menos tempo, ter menos repetições e menos intervalos. A ideia é aumentar a sobrecarga muscular.

“Se você reparar, não apenas o Gabriel mas vários dos atletas do circuito começaram o ano mais leves para ajudar na execução de manobras. Agora, para encarar o Havaí, ele termina forte para segurar a prancha”, diz. NA INTERNET Etapa de Pipeline 15h30

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