Folha de S.Paulo

Imbassahy pede para deixar o governo Temer

- DO PAINEL DE BRASÍLIA

Antonio Imbassahy (PSDBBA) entregou carta com pedido de demissão da Secretaria de Governo ao presidente Michel Temer, em São Paulo, nesta sexta (8). Responsáve­l pela articulaçã­o política, ele passou a ser alvo de boicote de líderes de partidos do “centrão” (legendas médias), que cobravam sua demissão.

Há alguns dias, a saída do ministro foi dada como certa e o nome do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) anunciado como o de seu substituto.

Ao deixar o governo, Imbassahy tenta abrir espaço para Temer conseguir votos para a reforma da Previdênci­a e, também, conter a fritura de seu nome no meio político.

O tucano deixou a decisão de sair do governo para a véspera da convenção nacional do PSDB, neste sábado (9). O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que vai assumir o partido, é um entusiasta do desembarqu­e do PSDB da administra­ção de Temer.

Na carta de demissão, Imbassahy elogia o presidente e diz que “tenacidade e obstinação” não faltaram a ele. “Driblou crises e dificuldad­es sempre valorizand­o e robustecen­do as nossas instituiçõ­es”, afirmou. Durante a passagem pelo Planalto, o tucano e Temer tornaram-se amigos.

O presidente deve esperar até a semana que vem para nomear Marun. Ele é o relator da CPI da JBS e só deve entregar seu parecer na terça (12). A CPI foi criada para defender Temer e melindrar executivos da empresa que acusaram o peemedebis­ta de corrupção.

Imbassahy é o segundo tucano a deixar o governo. Em novembro, o deputado Bruno Araújo saiu do Ministério das Cidades.

Restam ainda no governo dois ministros do PSDB: Luislinda Valois (Direitos Humanos) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores). A primeira ainda deverá pedir demissão. Já o segundo será mantido na cota pessoal de Temer.

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