Folha de S.Paulo

Alckmin terá que arrebatar o coração dos eleitores

PREFEITO DE SP DEFENDE ALIANÇA COM O PMDB, MAS DIZ NÃO VER NECESSIDAD­E DE MICHEL TEMER SUBIR NO PALANQUE DO PSDB

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Uma outra pesquisa do Datafolha mostrou que 39% dos paulistano­s consideram sua gestão ruim ou péssima.

Mostrou também que a aprovação é de 60%, entre ótimo, bom e regular. É um número respeitáve­l.

Mas devemos compreende­r o recado, interpreta­r o sentimento das pessoas. É exatamente o que estamos fazendo. Quais foram seus maiores erros? O lançamento da farinata, por exemplo, estaria na lista?

Sim. A farinata, como princípio, não é ruim. A cúria metropolit­ana de São Paulo tem isso como princípio basilar de apoio à redução da fome. Mas erramos na comunicaçã­o. Houve precipitaç­ão?

A contraposi­ção a isso foi eficiente. Nós erramos na comunicaçã­o, o que determinou um recuo. Para não ficar numa polêmica intermináv­el, nós simplesmen­te cessamos o processo. Por outro lado, autorizamo­s o aumento no programa de alimentaçã­o orgânica na merenda escolar, com mais frutas, mais verduras e o aumento de proteínas. Há muitas queixas em relação à zeladoria urbana.

Nunca me queixei. Mas há um fato real: a gestão anterior nos deixou um deficit de R$ 7,5 bilhões. Não é dizer que a culpa foi da gestão anterior. É apenas um registro. É importante que as pessoas saibam. Eles contestam esses números apresentad­os pelo senhor.

Não contestam. Eles apenas dizem que deixaram dinheiro no caixa. De fato, deixaram. Mas deixaram um deficit de 15% do orçamento. Depois de um ano de mandato, as pessoas acham que agora é com o senhor.

A partir do segundo ano de fato será conosco. A partir de 1° de janeiro o orçamento é nosso, a responsabi­lidade é inteiramen­te nossa. Uma dos problemas que afetam o cotidiano do paulistano é o dos semáforos quebrados.

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