‘Dia de fúria’ palestino e reação de Israel deixam 2 mortos e 80 feridos
Homens foram mortos por forças israelenses que continham protesto; Hamas convoca levante
Entre os feridos há atingidos por ataque aéreo de Israel em resposta a foguetes disparados de Gaza
Folha - Como o sr. vê o anúncio de Trump?
Michael Oren - É imensamente significativo, e não só em termos emocionais. Nossa relação com o EUA vai melhorar. Uma fricção perene entre nós têm sido as construções em Jerusalém além da chamada Linha Verde, as fronteiras de antes da Guerra dos Seis Dias (1967), denunciadas no passado por governos americanos com linguagem semelhante à da condenação de atentados terroristas. Isso vai acabar. Mas Trump não citou uma “Jerusalém unificada”. Assim, não há mudança na política americana de condenar construções israelenses em Jerusalém Oriental...
Certo, mas acho que o reconhecimento da soberania israelense sobre toda a cidade, mesmo que assinalando que as fronteiras finais devem ser negociadas num acordo direto entre as partes, é importante. E a resposta do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, ao anúncio de Trump?
Ele repetiu a retórica de sempre. Abbas é uma tragédia para os palestinos. Ele poderia aproveitar que agora há um presidente americano forte e com credibilidade para conseguir alguma coisa para seu povo. Os palestinos acreditavam muito pouco em Barack Obama (2009-17), mesmo tendo sido o presidente mais pró-palestino da história. Agora é diferente. O anúncio de Trump não afeta as tentativas de reviver negociações da paz?