‘A morte da pintura morreu’, diz artista
Estação Pinacoteca inaugura neste sábado (9) uma retrospectiva da carreira de Rodrigo Andrade, de 1983 a 2014
Um dos pioneiros do neoexpressionismo que emergiu nos anos 1980 tem reunidas cerca de cem obras no museu
Integrante do Casa 7, grupo de artistas dos anos 1980 que ficaram conhecidos pelo pioneirismo no país no neoexpressionismo, Rodrigo Andrade, 55, ouve desde o início da carreira como artista plástico que a pintura iria acabar. Ou melhor, que iria morrer.
A frequência com que ouvia tal afirmação era tanta que hoje ele acredita que “a morte da pintura morreu”.
“A arte atingiu uma espécie de vocação moderna que é a liberdade. Agora, não há nada que previamente seja necessário para ser artista. Você que dê conta de fazer o seu lance virar alguma coisa, seja lá o que for”, diz o pintor.
Com mais de 30 anos de carreira, Andrade tem reunidas obras que marcaram a sua carreira para uma retrospectiva, aberta neste sábado (9) na Estação Pinacoteca, que ilustra suas diferentes fases, do abstrato ao realismo.
Enquanto gesticula e explica seu processo criativo, Andrade lamenta não conseguir encaixar todas as obras que queria entre os mais de cem quadros na mostra. “Montagem é difícil”, suspira. “É uma puta dança das cadeiras.”
Com formas e aspectos diferentes, desde o retrato de paisagens a quadros compostos por formas geométricas, sua marca registrada aparece