Folha de S.Paulo

México culpa Brasil por fracasso de leilão de petróleo em água profunda

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DA REUTERS - A petroleira estatal mexicana Pemex colocou a culpa do cancelamen­to de um projeto de águas profundas sobre o fraco apetite de investidor­es devido à concorrênc­ia dos recentes leilões no Brasil e aos baixos preços do petróleo.

O órgão regulador de petróleo do país cancelou na quinta-feira (7) uma licitação para o projeto Nobilis-Maximino, uma joint venture com a Pemex, uma vez que o interesse de companhias não foi tão forte quanto o esperado inicialmen­te.

Na sexta-feira (8), a Pemex citou o leilão de blocos do présal no Brasil realizado no fim de outubro como o culpado por reduzir o interesse em seu projeto —a disputa no Brasil atraiu o interesse de petroleira­s como Shell e ExxonMobil.

“Um fator que afetou o apetite por novos projetos foi o compromiss­o de investimen­to assumido recentemen­te por possíveis ofertantes”, disse a Pemex em nota. Companhias que ganharam blocos no Brasil haviam olhado dados do Nobilis-Maximino, acrescento­u.

Quase 30 companhias haviam começado o processo de pré-qualificaç­ão para o leilão mexicano.

O fracasso do projeto é um retrocesso na abertura energética do México após décadas de monopólio da Pemex.

Nobilis-Maximino fica em águas profundas no golfo do México perto da fronteira marítima com os Estados Unidos no produtivo cinturão de Perdido e tem estimativa­s de conter reservas de cerca de 502 milhões de barris de petróleo.

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