Ministro argentino
Chanceleres do Mercosul disseram nesta segunda-feira (11), em Buenos Aires, durante a reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio), que estão próximos de acertar o acordo com a União Europeia, mas que faltam detalhes que podem atrasar um pouco seu anúncio.
“Todos queremos anunciar o mais rápido possível. Espero que consigamos fechar até o final do ano”, afirmou o brasileiro Aloysio Nunes.
“Estamos trabalhando muito, e, quando uma pessoa trabalha muito, sempre faltam coisas”, disse Eladio Gonzaga, chanceler paraguaio.
Enquanto isso, seu par argentino, Jorge Faurie, foi um pouco mais objetivo.
“Uma vez que acordemos a parte mais substantiva, que pode ocorrer nestes dias, teremos seis ou sete meses de redação. A partir daí, mais dois a três anos para formatar o acordo”, disse Faurie.
Acrescentou, porém, que só o anúncio já mudará a dinâmica de comércio entre as duas partes, “porque, quando um empresário e um governo sabem que um acordo vai entrar em vigor, já fazem as adaptações necessárias, já se preparam para se beneficiar dele e as coisas já começam a se mover”.
Os chanceleres, porém, se recusaram a sinalizar quais itens têm travado a negociação. “Faltam alguns elementos. Mas numa negociação tão ampla como essa, com economias tão complexas, não se pode ficar preso a um único item”, disse Aloysio. E acrescentou: “A oferta que já está colocada na mesa é positiva, mas queremos melhorá-la”.
Contou, ainda, que “houve uma definição no começo deste ano de que queríamos intensificar as negociações e isso aconteceu, não apenas em agricultura mas em outros temas, como propriedade intelectual, regras de origem, mercados públicos, indústria. O ano foi muito produtivo”, disse o brasileiro.
O argentino Faurie disse que um dos setores “sensíveis” das negociações é o farmacêutico.
“O nível de desenvolvimento de nossa indústria farmacêutica não é o mesmo que a União Europeia tem. É um dos temas em que estamos trabalhando pontualmente, porque os governos querem proteger o acesso à saúde de sua população, enquanto os países que têm indústria mais desenvolvida querem vender