Dono de estúdio que marcou a Vila Madalena
Em 1993, com a indenização que recebeu após ser demitido da metalúrgica para a qual trabalhava, Tadeu Martinez se mudou de Taboão de Serra (Grande São Paulo) e investiu na reforma de um imóvel da família na rua Natingui, na Vila Madalena.
Seu DNA mesclava os principais elementos de formação do bairro paulistano, hoje uma das regiões mais valorizadas da cidade: vinha de família operária de classe média (a casa em que morava e trabalhava tinha sido da avó) e contribuiu para a agitação que fez da Vila um ponto de referência cultural em SP.
Inicialmente, adaptou um dos cômodos do sobrado para ensaiar com a banda da qual era baixista, a Ninguém Dorme. Com o tempo, seu protagonismo foi transferido para os bastidores. Técnico e produtor musical, fez do estúdio Z7 a casa dos músicos de rock clássico e blues na zona oeste da cidade.
Não foi apenas incentivador da cena underground — com ele, gravaram nomes como Edgard Scandurra, guitar- rista do Ira!, e Branco Mello, vocalista dos Titãs.
A qualidade dos equipamentos era apenas parte dos atrativos do Z7. Receptivo e brincalhão, seu dono era fator determinante na hora de escolher onde gravar.
“Era o rei da piada ruim”, diz Edcarlos dos Santos, contrabaixista do grupo Devy Jones. Ele ressalta a fidelidade da velha guarda a Tadeu. “A maioria do pessoal que gravava com ele tinha pelo menos dez anos de estrada”.
Morreu no último dia 3, aos 52 anos, após um infarto. Deixa a mulher, Dedé, a filha, Uiara, e três netos. Elas pretendem manter o estúdio ativo. coluna.obituario@grupofolha.com.br Amélia. Cemitério e Crematório 1º MÊS 7º ANO SERVIÇO
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