Um currículo para São Paulo
O novo Currículo da Cidade para o ensino fundamental se estrutura nos conceitos de educação integral, equidade e educação inclusiva
“Formar cidadãos éticos, responsáveis e solidários, que fortaleçam uma sociedade mais inclusiva, democrática, próspera e sustentável”. Este é o propósito do currículo de ensino fundamental entregue nesta sexta (15) à cidade de São Paulo.
Fruto de um processo colaborativo entre profissionais da rede municipal de educação, estudantes e especialistas, o Currículo da Cidade dialoga com os desafios da contemporaneidade e respeita a memória da rede. O processo se iniciou reunindo as expectativas de mais de 43 mil estudantes e mais de 16 mil profissionais. A versão final do documento contou com mais de 9.000 sugestões ao texto proposto para as diversas áreas do conhecimento.
A elaboração do currículo considerou práticas pedagógicas existentes na rede e documentos de gestões anteriores. A pior contribuição que a vaidade presta às políticas de educação é a descontinuidade. Desse mal este processo não padeceu.
O alinhamento com a Base Nacional Comum Curricular e com as discussões decorrentes de sua apresentação à sociedade acompanhou o processo. Currículos de outros países, Estados e cidades foram estudados. O currículo inova ao alinhar os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, sugerindo aos nossos profissionais atividades que integrem os ODS na sala de aula.
Outra inovação é o currículo de tecnologias, calcado na resolução de problemas, programação, letramento digital e uso responsável da tecnologia na era digital. Parte dessas práticas já existe na rede.
Como resultado, temos um documento flexível, que poderá sofrer modificações futuras, seja por conta do uso cotidiano em sala de aula, seja por eventuais alterações no marco legal nacional. Ele está estruturado em três conceitos orientadores: a educação integral, a equidade e a educação inclusiva.
O conceito de educação integral aqui vai além da noção de tempo, buscando o desenvolvimento integral dos estudantes, em todas as suas dimensões: intelectual, emocional, social, física e cultural. Esta foi a principal declaração dos estudantes que participaram do processo de desenho do currículo: o desejo de frequentar uma escola que promova seu desenvolvimento de forma multidimensional.
Orientar-se pelo princípio da equidade é entender que todos podem aprender e se desenvolver, não importando suas condições socioeconômicas e culturais, desde que o processo educativo considere suas características e seu contexto. Por isso os direitos e objetivos de aprendizagem estão explícitos no currículo. E as ações da secretaria de Educação serão direcionadas para apoiar as escolas e seus profissionais nesta missão. Esta foi, aliás, uma solicitação expressa pelos educadores ouvidos na pesquisa que orientou o início do processo de desenho do currículo.
O conceito de educação inclusiva explicita o reconhecimento da diversidade, apostando na aprendizagem de todos os estudantes.
Para apoiar o processo de implementação, o currículo da cidade chegará às escolas acompanhado de orientações didáticas e materiais de apoio a professores e estudantes. Programas de formação de professores, inclusive os quase 9.000 chamados este ano, serão alinhados ao currículo, assim como o sistema municipal de avaliação, retomado em 2017, com destaque para a volta da Prova São Paulo.
Ao declarar o que nossos alunos devem aprender e estruturar suas políticas públicas educacionais em torno do currículo, São Paulo dá o primeiro passo para garantir educação de qualidade a todos. ALEXANDRE SCHNEIDER,
PEDRO GOMES DE MATOS NETO
Lula Nunca a celeridade da Justiça foi tão imprescindível (“Uma data para Lula”, “Opinião”, 14/12). Se a convicção está formada, não há por que postergar, não importa quem seja o réu. Pior seria ter no Alvorada, se for o caso, um condenado por corrupção —e não poder tirá-lo de lá.
PAULO TARSO J. SANTOS
Por que só Lula é alvo da celeridade do Judiciário? Investigaram o patrimônio dos outros como fizeram com ele? Por que só Lula será impedido de concorrer em 2018, mas políticos com foro privilegiado “investigados” no STF, não? O objetivo é tirar Lula da disputa e assim calar a voz de milhões de brasileiros que reconhecem os avanços sociais e econômicos do seu governo e que rejeitam esse governo de malas de propina blindado pelos mesmos que condenam Lula.
CRISTIANO PENHA
Hospitais psiquiátricos Estamos perdidos com esses depósitos de gente que são os hospitais psiquiátricos (“Hospitais psiquiátricos devem ter sobrevida”, “Cotidiano”, 13/12). Infelizmente, há psiquiatras favoráveis à prática. Onde estão entidades como CFM, Conselho Federal de Psicologia, Associação Brasileira de Psiquiatria e Federação Brasileira de Psicanálise para se posicionarem a respeito?
DIOGO MOLINA GOIS
USP
RESPOSTA DO JORNALISTA PAULO SALDAÑA -
A reportagem deixa claro que só considera, no cálculo das médias, escolas que tenham tido ao menos 50% de seus alunos no Enem. É o mesmo critério empregado pelo MEC e que permite médias representativas das unidades. Audiência Segue esclarecimento sobre a reportagem “Show do milhão” (“Ilustrada”, 14/12), pois não fomos procurados previamente. De janeiro a setembro, a Globo teve alcance médio diário de 98 milhões de pessoas, de acordo com a Kantar Ibope Media. Nos ambientes digitais, a média é de 14 milhões de usuários únicos/dia, pela comScore. Segundo o TGIndex, 14 milhões de pessoas consomem nosso conteúdo na TV e na Internet, dos quais 4,7 milhões só no digital. No total, são 102,7 milhões de pessoas/dia, sem duplicidade. Sobre as comparações feitas, há diferença em métricas, qualidade e transparência dos dados. A oferta de conteúdo da Globo tem performance certificada por institutos renomados.
SERGIO VALENTE,
Cinema Todas as quintas deveria ter um texto como o “Saiba o que assistir nos cinemas se você não gosta de ‘Star Wars’” (“Ilustrada”, 14/12), do Guilherme Genestreti. Uma espécie de apanhado geral das estreias da semana. É a melhor maneira de ver as estreias do cinema, em vez de ficar procurando as críticas dos filmes, que nem sempre saem no mesmo dia.
MARCO CANTO PORTO
Auxílio-moradia