Folha de S.Paulo

Após queda recorde da Selic, desafio é cortar juro de banco

PARA ECONOMISTA-CHEFE DO BTG PACTUAL, É PRECISO CRIAR AS CONDIÇÕES PARA QUE AS TAXAS DOS EMPRÉSTIMO­S TAMBÉM CAIAM

- FLAVIA LIMA

DE SÃO PAULO

Após a taxa Selic atingir o seu piso histórico, a redução dos juros cobrados nos empréstimo­s bancários é o próximo desafio na economia.

Quem diz isso é Eduardo Loyo, 51, sócio e economista­chefe do banco BTG Pactual.

Em entrevista à Folha ,o ex-diretor do Banco Central diz que a reforma da Previdênci­a deve continuar dominando a agenda econômica e sugere que, se os congressis­tas temem as eleições, a votação pode ser deixada para os meses finais de 2018.

Para Loyo, o próximo governo deve mirar mudanças na dinâmica de gastos com salários, mas observa: não vale apoiar qualquer candidato, mesmo que abrace a agenda considerad­a correta. são mais difíceis. Vamos ter que olhar para programas que tenham perdido seu objeto, como o abono salarial. Acredito que seria razoável redirecion­ar parte dos recursos para outro programa mais focalizado em redução de desigualda­de e pobreza. de ter sucesso. Mas meu palpite é que o quadro não vai se definir muito rápido. Vamos continuar durante muitos meses meio sem saber sequer quem são os cavalos no páreo. Qual é a agenda econômica dos sonhos para o sr.?

ingressou no então UBS Pactual em 2007 e tornou-se sócio do agora BTG Pactual em 2009; foi diretor do FMI (Fundo Monetário Internacio­nal) e do Banco Central

Cargo:

economista­chefe do BTG Pactual

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