Folha de S.Paulo

A seis acompanhan­tes, que ficam hospedados na cidade de cinco a sete dias.

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Para empreender nesse setor, é primordial ter alguma liga- ção com o mundo do esporte?

Sem dúvida ajuda muito. Sendo triatleta, consigo entender a fundo a necessidad­e do meu cliente. Também fica mais fácil conquistar os patrocinad­ores, o que é um dos meus maiores desafios. Mas vejo luz no fim do túnel. Hoje há muito executivo triatleta, e as empresas logo vão enxergar os benefícios de associar suas imagens ao esporte. Eventos desse porte abrem muitas oportunida­des para micro e pequenos empreended­ores. Onde elas estão?

Só em Florianópo­lis trabalho com uma cadeia de 30 empresas. Elas me fornecem camisetas, números de peito, alimentos, bebidas, atendiment­o médico, transporte, gelo... Nos concentram­os nas capitais, mas acredito que haja muito espaço para o triatlo crescer no interior, em regiões periférica­s, ainda carentes de eventos esportivos, onde deverão surgir oportunida­des para empreended­ores. Também vejo potencial a explorar entre o público feminino: 70% dos corredores são homens. Qual o porte da empresa hoje?

Ficamos em uma casa no Morumbi, equipada com uma raia de 25 metros que tem tudo a ver com nosso “business”. Tenho 15 funcionári­os e vou fechar o ano com R$ 19 milhões de faturament­o. Ou seja, dei uma otimizada. O evento só cresce. Em 2017, tivemos cinco etapas no Brasil. Além da principal, em Florianópo­lis, realizamos quatro provas com as distâncias pela metade, o Ironman 70.3. Atraímos 7.400 atletas ao todo. E lançamos o Triday Series, de curtas distâncias, que estimula a formação de triatletas. Para 2018, a previsão de faturament­o é de R$ 25 milhões. Como se monta uma prova desse porte?

A prova de Florianópo­lis já é a sexta maior do mundo. O custo de montagem é de quase R$ 4,5 milhões, com 1.200 empregados diretos. O impacto para a cidade chega a R$ 35 milhões. Cada um dos 2.500 atletas inscritos leva de quatro Quem são os triatletas do país?

Nas provas de Ironman, eles têm de 30 a 55 anos. No Triday Series, são mais jovens, de 28 a 45 anos. O interessan­te é que, em média, de 30% a 35% dos inscritos em cada prova são estreantes.

O Ironman é um desafio e tanto, mas está deixando de ser coisa de super-homens. Hoje, entendo que somos uma plataforma de entrega de sonhos para pessoas comuns. Este ano, no Triday, tivemos um ex-obeso ilustre, o publicitár­io Nizan Guanaes, completand­o uma prova.

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