Investe para tirar o projeto do papel, que é justamente quando mais se precisa de verba”, explica Prada.
A companhia lançou cem plataformas em várias áreas nos últimos quatro anos. “Apesar do número crescente de corredores, os canais de divulgação são os mesmos, e a competição com grandes aplicativos é feroz”, diz.
Prada é um dos desenvolvedores do Moovup, que surgiu em 2013 com o intuito de organizar informações como agenda de exercícios e metas e oferecer um espaço para o atleta tirar dúvidas com profissionais da área de saúde e esporte. “Investimos cerca de R$ 250 mil, mas não tivemos o retorno esperado”, afirma.
Segundo o executivo, na lista de dificuldades está a captação de aportes. “Os investidores buscam projetos que já tenham margem e previsões. Dificilmente alguém SEDENTARISMO Um nome de peso, porém, pode ajudar a executar projetos. É o caso do aplicativo gratuito Move.me, que é parte de uma campanha encabeçada pelo Sesc-SP para aumentar o número de brasileiros praticantes de atividades física.
Além das funcionalidades tradicionais, como tempo e distância percorridas, os usuários recebem orientações em áudio. “A ideia é incentivar que pessoas saiam do sedentarismo e corram 5 quilômetros em meia hora em apenas nove semanas”, diz Eduardo Uhle, coordenador de desenvolvimento do Move.Me.
Até mesmo aplicativos maiores se esforçam para garantir espaço no Brasil.
O alemão Freeletics Running se tropicalizou para atender clientes aqui. Dados climáticos, como temperatura e umidade do ar, e de terrenos (como os muito acidentados) foram analisados na preparação do treino para os 2 milhões de brasileiros que já baixaram a plataforma.
O diferencial fica por conta da integração com o app de nutrição, o que ajuda a balancear as refeições (se você comeu aquela feijoada, ela será contabilizada na hora da corrida).
Os valores para acompanhamento físico variam de R$ 30 a R$ 240, dependendo dos serviços selecionados e da duração dos pacotes.
Além de oferecer o aplicativo soürun ao público em geral, a Run&Fun dá suporte a seus alunos —que pagam mensalidades a partir de R$ 250— por meio da plataforma digital Meu Treino.
O aspirante a corredor passa por uma entrevista que identifica seus objetivos, checa se os exames médicos estão em dia e se precisa de exames adicionais, verifica a disponibilidade de horários do atleta, indica onde ele vai treinar e monta uma programação para o aluno.
Assim, embora os corredores estejam no mesmo horário e no mesmo local, cada um faz seu treino específico, tudo coordenado pelo aplicativo de corridas.
“Quando o aluno chega no parque, o profissional já sabe qual o perfil dele”, explica Mario Sergio Andrade e Silva, da Run&Fun.
A empresa tem dez treinadores e 1.500 clientes atualmente que se encontram em diversos parques da cidade. (ALESSANDRA MILANEZ)