Folha de S.Paulo

Moraes erra dados ao defender celibato de gays para liberar doação de sangue

- Exagerado Falso

A informação está no caminho correto, mas houve exagero.

MINISTRO DO STF ALEXANDRE DE MORAES, EM 25 DE OUTUBRO

durante julgamento da Ação Direta de Inconstitu­cionalidad­e (ADI) ajuizada pelo PSB contra a regra que exige aos homossexua­is que guardem 12 meses de celibato antes de doar sangue no Brasil EXAGERADO Em setembro de 2015, o Ministério da Saúde da Argentina baixou resolução com novos requisitos para doar sangue no país. Hoje, permite que homossexua­is doem sangue independen­temente da data de sua última relação sexual. A exigência de 12 meses de celibato é aplicada a todas as pessoas que têm práticas sexuais considerad­as de “alto risco”. Entre elas, não está relação entre pessoas do mesmo sexo. No Reino Unido dos anos 1980, por conta da expansão da Aids, era proibido aos homossexua­is doar sangue. Em 2011, o país passou a exigir 12 meses de celibato. Mas, em julho e agosto deste ano, Escócia, Inglaterra e País de Gales determinar­am a redução do tempo mínimo para três meses. Na Irlanda do Norte, o prazo mínimo é de A informação está comprovada­mente incorreta. 12 meses de celibato. Até o ano passado, as doações de sangue por homossexua­is eram proibidas. Na Austrália, o prazo mínimo é de 12 meses, mas a Cruz Vermelha australian­a já sugere que ele seja reduzido para seis meses. Na Suécia, o prazo é de 12 meses desde março de 2010.

IDEM

FALSO De acordo com o Canadian Blood Service (Serviço de Sangue Canadense), desde 15 de agosto de 2016, o prazo para que homossexua­is possam doar sangue caiu de cinco anos para 12 meses. Na Nova Zelândia, o prazo é de um ano desde 15 de dezembro de 2014.

IDEM

FALSO Recentemen­te os três países mudaram sua política de doação de sangue por homossexua­is e hoje exigem um ano de celibato. Na Holanda, a mudança ocorreu em 2015. Na Suiça e na Alemanha, em 2017. Antes, homens que, em qualquer momento, tivessem mantido relação sexual com outro homem estavam banidos de doar sangue nos três países. Procurado para comentar essas checagens, o ministro Alexandre de Moraes não retornou.

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O ministro Alexandre de Moraes, em uma sessão no STF

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